Grupo XPTO dá à palavra falada status de poesia em 'Grandes Verdades num Copo Cheio de Vento'

"Grandes Verdades num Copo Cheio de Vento", do grupo XPTO, é daqueles espetáculos de sentido ambíguo que atribuem à palavra falada status de poesia. Não é à toa que, entre as fontes literárias e dramatúrgicas da montagem, estão o bonequeiro argentino Javier Villafañe (1909-1996) e o poeta espanhol Federico García Lorca (1898-1936).

Dirigido por Osvaldo Gabrieli e Beto Firmino, o elenco veste macacões brancos e acessórios coloridos, sobretudo chapéus, que os oito atores trocam durante a peça. Eles ainda montam cavalos e cavalgam dragões.

A cantoria ao vivo é acompanhada de instrumentos como teclado, guitarra, corneta e tambores. O ritmo alegre das composições musicais, com e sem letras, amplia a trama de brincadeiras dos atores com o público: eles formulam adivinhas e as crianças respondem.

Os artistas ocupam todo o palco retangular, cujos lados mais longos trazem letras brancas de tamanho impactante e desenhos coloridos ao fundo no estilo de grafites.

O elenco realiza um jogral explorando a sonoridade de frases poéticas, como "M mordia melões maduros" e "P paparicava papagaios", enquanto os diálogos são carregados de nonsense.

Avaliação: ótimo
Indicação da crítica: a partir de 5 anos

Centro Cultural da Juventude - Av. Dep. Emílio Carlos, 3.641, Limão, região norte, tel. 3343-8999. 80 lugares. Sáb.: 11h e 15h30. Dom.: 11h e 14h30. Até 10/12. Retirar ingresso com antecedência de uma hora. GRÁTIS

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