Descrição de chapéu Crítica
Criança

Com menino que gosta de carne humana, peça discute identidade

Peça tem menino de seis anos como protagonista, discriminado por ser o maior da turma

Ogroleto

Com a presença do premiado grupo cearense Pavilhão da Magnólia no teatro infantil paulistano, “Ogroleto” discute o enfrentamento de problemas, pelas crianças, quando percebem as diferenças de identidade entre seus colegas na escola.

Comandado por Miguel Vellinho (da Cia. PeQuod, que dirigiu “Primeiras Rosas”, da Pia Fraus, em 2010), o espetáculo tem um time de craques, que começa por Vellinho e pela dramaturga canadense Suzanne Lebeau, autora do texto, famosa por não ter receio de tratar de assuntos difíceis para o público infantil.

Cena da peça infantil 'Ogroleto'
Cena da peça infantil 'Ogroleto' ORG XMIT: JQyt14O1MUzHBirwlAqm - Sheila Oliveira/Divulgação

É o caso da peça “Ogroleto”, que tem um menino de seis anos como protagonista, discriminado por ser o maior da turma e por ter a sina de gostar de comer “a carne humana das crianças”, como o pai ogro.

Ele precisa passar por três difíceis provas para se livrar da maldição. Enquanto isso, é rejeitado e tem de ficar isolado.

O elenco, composto por Nelson Albuquerque (Ogroleto) e Silvianne Lima (sua mãe), encara os conflitos e age com naturalidade diante de sentimentos como medo e rejeição. 

A abordagem exemplar de “Ogroleto” estimula o discernimento dos pequenos espectadores, que não tiram os olhos das cenas. 

Indicação da crítica: a partir de seis anos 

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