Descrição de chapéu Crítica
Criança

Recursos simples conferem tom poético à peça infantil sobre criança que mora no circo

'Rosa Pequena, Vida de Circo' usa bonecos para contar a história de uma menina e sua galinha

Gabriela Romeu
São Paulo

Rosa Pequena, Vida de Circo

O universo circense é apresentado com singeleza onírica em “Rosa Pequena, Vida de Circo”, espetáculo com bonecos e sem palavras, criado a partir da concepção geral de Erica Stoppel e com direção de Bruno Rudolf.

Entre os desafios cotidianos de uma menina que mora num trailer de circo, surgem peripécias que amplificam o tom mágico do enredo —a protagonista, Rosa, voa com o guarda-chuva e faz mágica com sua galinha de estimação.

Numa atmosfera intimista, sem pressa de desenrolar a história, as mesmas ações por vezes são contadas e recontadas pela heroína multiplicada em bonecos de diferentes formatos e tamanhos. O que poderia soar uma repetição maçante se torna um recurso poético da narrativa de Luiz André Querubini, Vera Abbud e Nereu Afonso.

Monocromático, o cenário convida a plateia imaginar cores e nuances na obra. E o universo imaginário da protagonista sussurra muitas outras histórias numa trilha sonora instrumental, de Rodrigo Zanettini e Vinicius Politano, executada por diversos músicos que, sozinha, já é um espetáculo.

Sesc Bom Retiro - teatro - Al. Nothmann, 185, Campos Elíseos, tel. 3332-3600. 291 lugares. Dom.: 12h. Até 17/11. 60 min. Livre. Ingr.: R$ 5 a R$ 17.  Indicação da crítica: a partir de cinco anos. 

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