Crítica: Peça sobre viagem no tempo acerta na combinação de real e virtual

"A Linha Mágica", espetáculo de estreia de A Fabulosa Companhia, é marcado pelo frescor das interpretações do elenco, por delicadas composições musicais entoadas ao vivo e por uma história bem contada.

Com texto de Sean Taylor, a peça traz as aventuras de Pedro, um menino apressado que ganha de uma bruxa um carretel de linha que faz o tempo avançar ou retroceder.

Qual criança não puxaria a linha para pular os dias de prova de matemática? Mas a vida do garoto passa num piscar de olhos.

Crédito: Beto Amorim/Divulgação Cena do espetáculo infantil "A Linha Mágica" (foto), em cartaz no Teatro Alfa

Interpretado pelo carismático Thomas Huszar, o menino Pedro tem facilmente a plateia nas mãos, que logo vira cúmplice do protagonista.

Já a atriz Beatriz Mentone, que faz o papel de Lisa, amiga de Pedro, tem flexibilidade para encarnar personagens e vozes diversas --bruxa, sargento ou mãe.

O jogo entre o real e o virtual é um dos muitos acertos da peça. O elenco interage com as projeções de ilustrações e animações bem-humoradas (Adriana Meirelles) num telão-cenário.

A tecnologia é usada a serviço da história --e não o contrário, como é comum em muitas montagens.

Avaliação: ótimo.
Indicação do "Guia": a partir de 5 anos.

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