Apesar de apresentar um "line-up" estrelado por nomes como Tom Zé e Criolo, o Coala Festival, que ocorre neste sábado (15), no Memorial da América Latina, quer ser uma vitrine para novos talentos segundo um de seus criadores, Guilherme Marconi, 23.
Por isso, o mesmo evento, também convoca para os shows Dre Guazzelli, 5 a Seco, Charlie & os Marretas e Trupe Chá de Boldo, entre outros. "A maioria das bandas já tem uma vida saudável, independente. Fazem shows para 1.000, 2.000 pessoas. A gente quer que eles toquem para dez mil. Eles merecem mais atenção", diz Marconi.
O festival também terá exposição de fotos, grafites feitos na hora por artistas convidados, comercialização de zines (fanzines de arte), além de uma praça de alimentação com food trucks que oferecem sanduíches, massas, comida japonesa e opções vegetarianas.
E o que esse festival tem de diferente dos outros? "Tenho medo de fazer comparações, mas a gente acredita que está saindo bastante do 'mainstream'. A banda 5 a seco vai chamar bastante gente para festival. Tom Zé vai tocar no meio. Criolo vai fechar", explica.
Confira a entrevista completa abaixo:
"Guia" - De quem foi a ideia do festival?
Guilherme Marconi - Ele nasceu do Gabriel Andrade, 23, e de mim. Somos amigos de infância. Ele acompanha a cena musical e muitos dos artistas do line-up. Foi uma oportunidade de reunir todos eles.
Por que Coala?
A gente optou por não explicar no site. Em uma versão resumida, o coala [animal] vive colado nas costas da mãe até crescer. Pensamos em fazer essa analogia com a música. Esses grupos de menor alcance vivem em locais escondidos, como pubs e inferninhos. A força de Tom Zé e Criolo é que vai dar espaço para eles.
E que história é esse de doar um livro ou um quilo de alimento para comprar a meia-entrada? Para onde vão as doações?
A ONG ICDH vai nos ajudar a recolher as doações. Eles tem relação com várias instituições. Também trabalham com coleta seletiva, que vai rolar no festival. As pessoas devem doar um quilo de alimento não perecível e livro em bom estado, de preferência de literatura. Esperamos que todos tenham esse bom senso (risos).
Como foram definidas as experiências artísticas? O que o público vai encontrar?
Teremos três editoras independentes que trabalham com os zines: a Vibrant, a Kaput e a Pingado. Expliquei a definição do material para o Tom Zé na casa dele (risos). São trabalhos artesanais e independentes. Podem ser quadrinhos, fotos, etc. As obras estarão expostas e à venda. Dois artistas, Boleta e Mateus Bailon, também foram convidados para criar grafites. Cada um fará um mural no dia do evento. Não há temas, eles estão bem livres, só pedimos para usarem a cor do festival, magenta.
O que esse festival tem de diferente dos outros?
Tenho medo de fazer comparações, mas a gente acredita que esta saindo bastante do 'mainstream'. A banda 5 a seco vai chamar bastante gente para festival. Tom Zé vai tocar no meio. Criolo vai fechar.
Vocês dizem ter a intenção de ser vitrine para novos talentos. Mas o line-up tem bastante gente conhecida, não?
A maioria das bandas já tem uma vida saudável, independente. Fazem shows para 1.000, 2.000 pessoas. A gente quer que eles toquem para dez mil. Eles merecem mais atenção.
Como assim? São bandas amigas?
Tudo o que a gente mais gosta tá aí. Não somos amigos das bandas. Não conhecia o trabalho do 5 a seco até eles gravarem o DVD. Depois disso comecei a acompanhar. A gente quer apresentar música de boa qualidade para o maior número de pessoas possível.
No material de divulgação vocês falam em line-up gastronômico. O que seria isso?
Teremos food trucks, que estão em alta em São Paulo. No menu haverá sanduíches, massa, comida japonesa e provavelmente um vegetariano. Serão cerca de quatro carros e o pagamento será feito com fichas. Para beber, teremos cerveja Budweiser, destilados, sucos, refri e água.
Festival normalmente é sinônimo de trânsito. Há alguma recomendação?
O festival é para dez mil pessoas. Existem muitos estacionamentos nos arredores, então achamos que não teremos problemas. Mas como eu só me desloco de metrô, falaria para as pessoas irem também porque a estação Barra Funda está ali do lado. E vamos acabar [o evento] antes do metrô fechar para as pessoas poderem voltar.
E como foi tirar a ideia do papel e colocar em prática?
Acho que o mundo e o mercado são mais difíceis do que deveriam. Mas tem muita gente boa por aí. É só saber procurar. Por enquanto está dando tudo certo.
LINE-UP
14h: Dre Guazzelli
15h: 5 a Seco
15h50: Beto Chuquer
16h20: Charlie & os Marretas
17h10: Davida Busca Vida
17h40: Tom Zé
19h: O Terno
20h20: Trupe Chá de Boldo
21h10: Shaka
21h40: Criolo
Festival Coala - Praça Cívica do Memorial da América Latina - av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda, zona oeste, São Paulo, SP. Tel.: (11) 96445-0146. Sáb. (15): 14h. Ingr.: R$ 50 (meia) e R$ 100 (inteira), no primeiro lote; a partir de 11/3, R$ 70 (meia) e R$ 140 (inteira), pelo site Total Acesso ou nos pontos de venda (veja aqui ). 14 anos.ib.
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