Frigobar, novo speakeasy de SP, tem drinques autorais com marca própria de destilados
Bar secreto em Perdizes fica escondido em uma kebaberia de esquina
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A fachada não é nada sexy. Se nessa onda que transforma sótãos, garagens e qualquer puxadinho de estabelecimentos de São Paulo em novo bar secreto, o cliente ao menos atravessa um restaurante ou qualquer outro ambiente bonito antes de chegar ao bar, mas o mesmo não se pode dizer do Frigobar, a nova casa no estilo speakeasy em Perdizes, na zona oeste de São Paulo, fica escondida dentro de uma kebaberia de esquina.
Logo na entrada, dois casais muito bem vestidos claramente destoavam da decoração de boteco, mas também estavam ali para outro programa. Em fila diante do caixa, um depois do outro seguiu para uma cozinha não muito convidativa e de lá passavam por uma entrada camuflada atrás da porta de uma geladeira vintage, descendo uma escada rumo ao bar.
Assim como os seus frequentadores, o Frigobar é uma grata surpresa, nada pé sujo. Ali, a trilha sonora é de clássicos do jazz, e os sofás são de couro no estilo capitonê, rodeados de algumas poucas mesinhas redondas, numa luz indireta bem baixa. A carta de drinques vai de alguns clássicos, passando pelos autorais da casa, até uma seleção de uísques proposta por Pablo Moya e Diego Dillon, os sócios da casa.
Dentre os coquetéis autorais, está o Frigo Punch (R$ 44), à base de Jack Daniels, rum, vinho do Porto rubi, xarope de framboesa, limão, bitter e noz-moscada, e o No Last Word (R$ 54), que leva gim, Luxardo Maraschino, licor da casa, limão-siciliano, Green Chartreuse e uísque Laphroaig dez anos. A casa ainda oferece um gim de pera de fabricação própria em três drinques diferentes, o La Sicilia (R$ 44), o pera fitzgerald (R$44) e o pera mule (R$ 44).
Moya e Dillon, aliás, também comandam a Nib Bebidas, sua marca de destilados. A empresa funciona desde 2018 e, além desse gim usado no bar, desenvolve uma cartela que abrange coquetéis engarrafados prontos para consumo e um excelente bitter nacional que consegue competir em pé de igualdade com as marcas estrangeiras, o Nib Bitter.
Esse último inclusive é o principal ingrediente de outro coquetel da casa, o sampa sour (R$ 79), que leva também Jim Beam Rye, xarope de amêndoas e limão-siciliano. Um drinque pouco alcoólico se comparado com os demais do cardápio, mas bastante saboroso.
O destaque da carta fica por conta de um clássico modificado, o rabo de galo (R$ 42). No bar ele é feito com cachaça Sapucaia amendoim, vinho do Porto e um vermute da escolha do cliente —esse drinque de boteco com novos ingredientes é muito bem executado. Vale repetir.
O Frigobar não vai até muito tarde, fecha por volta da uma da manhã, mas dá um afago aos clientes que ficarem até o fim. Moya faz uma seleção de cafés que muda de acordo com a semana e sempre passa uma rodada para acordar os últimos sobreviventes que vão continuar noite adentro.