Apesar do aumento dos casos de Covid-19 em São Paulo e de o governo paulista recomendar uma redução de 30% da capacidade máxima dos eventos que gerem aglomeração, os cinemas da capital seguem com programação normal de estreias —são três novos filmes, entre eles "Pânico".

Já faz 25 anos desde que o diretor Wes Craven, que já havia feito obras marcantes como "Quadrilha de Sádicos" e "A Hora do Pesadelo", revolucionou o terror com uma obra consciente do seu gênero e, por isso mesmo, capaz de rir de si mesmo. Entre o primeiro "Pânico" e esta nova versão da história, que chega aos cinemas nesta quinta (13), foram quatro filmes de sucesso variável, todos pela mão de Craven, morto em 2013.

Agora, coube a Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, de "Casamento Sangrento", fundar uma possível nova sequência de longas da franquia, mantendo a irreverência dos anteriores, enquanto conversa com os fãs antigos oferecendo um balde de referências, mas também tentando um novo público, que pode ter conhecido o assassino Ghostface de outros lugares.

Mas a estrutura segue a mesma, um jovem morrendo atrás do outro, com o diferencial de que alguns personagens que fizeram história na série voltam também à fictícia cidade de Woodsboro para enfrentar o novo psicopata que assumiu a máscara clássica.

O deboche e a polêmica também sempre fizeram parte da carreira de outro cineasta: Paul Verhoeven, o holandês de 83 anos que se infiltrou em Hollywood e já produziu obras como "Tropas Estelares", "Showgirls" e "RoboCop: O Policial do Futuro". Agora, depois de causar furdúncio no Festival de Cannes, seu novo "Benedetta" chega aos cinemas.

O filme reconstrói a história documentada da freira do título, que, no século 17, dizia ser perturbada por visões proféticas e estranhamente eróticas, ao mesmo tempo em que mantinha relações amorosas com uma noviça do mesmo convento. Transcendência, amor, violência e intolerância estão entre as principais temáticas do filme.

Por fim, há a estreia da comédia nacional "Juntos e Enrolados", outra protagonizada por Cacau Protásio, que contracena com Rafael Portugal em uma festa de arromba —que era para ser de casamento, mas acaba sendo de divórcio.

Se for ao cinema, não deixe de seguir as orientações de prevenção contra o coronavírus. Mantenha as mãos higienizadas, use uma máscara adequada e não tire a proteção do rosto durante a exibição.



Benedetta​
Não é de hoje que Paul Verhoeven acumula polêmicas e choca seus espectadores, seja com o explícito ou o grotesco. Aqui, ele se baseia em documentos para reconstituir a história de uma freira italiana do século 17 que é perturbada por visões religiosas e eróticas e mantém uma relação amorosa com sua companheira de quarto no convento.
França, 2021. Direção: Paul Verhoeven. Com: Charlotte Rampling, Virginie Efira e Lambert Wilson. 18 anos

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Juntos e Enrolados
A festa de casamento dos personagens de Cacau Protásio e Rafael Portugal vai ser de arromba, mas não do jeito que eles imaginaram. Quando ela descobre uma tal "tchuchuca" no celular do noivo, a celebração muda para coroar o divórcio dos dois, mas nem por isso eles vão deixar de aproveitar o dia.
Brasil, 2020. Direção: Eduardo Vaisman e Rodrigo Van Der Put. Com: Cacau Protásio, Rafael Portugal e Evelyn Castro. 12 anos

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Pânico
O quinto filme da franquia de terror criada por Wes Craven traz um novo assassino assumindo a máscara de Ghostface, em mais uma trama cheia de piadas internas, gozação do pós-terror e adolescentes morrendo um atrás do outro na cidade fictícia de Woodsboro, na Califórnia, 25 após o primeiro longa.
EUA, 2022. Direção: Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett. Com: Neve Campbell, Courteney Cox e David Arquette. 16 anos
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