Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Dançar faz bem para o corpo, para a mente e para a alma. Rejuvenesce e aguça os sentidos.
Pensando nisso, o "Guia" visitou diversos lugares na capital paulista nas últimas semanas e, a seguir, apresenta um roteiro com as 14 melhores alternativas.
Trata-se de um universo extremamente rico e plural, à semelhança da multifacetada megalópole.
Tem de tudo: de ambientes simples e familiares a recintos tradicionais com modos refinados. Salões clássicos, como os dos clubes União Fraterna e Piratininga, e casas noturnas fervidas, como Charles Edward e Memphis.
Democrático, o roteiro inclui opções gratuitas, como um baile para a faixa dos 50 a 70 anos no parque da Água Branca (promovido pelo Instituto Melhor Idade), além de festas em clubes icônicos da cidade, como o Juventus e o Esperia, e até uma opção para gays maduros, o ABC Bailão, no centro.
Deixe a vergonha de lado e vá bailar!
Instituto Melhor Idade
O baile do parque da Água Branca é realizado pelo Instituto Melhor Idade Estação Vida. Acontece há dez anos em dois salões contíguos no extremo leste do lugar, perto da entrada da rua Dona Ana Pimentel, e reúne de 500 a 800 pessoas entre casais e alguns dançarinos solitários. O público --majoritariamente acima dos 60 anos-- capricha no visual.
Elas em saias e vestidos coloridos e bem maquiadas, eles elegantes e com ares de "bambas", portando formosos chapéus e bigodes. Nas caixas de som, forró, sertanejo, samba e bolero. Sempre bem romântico, para todo mundo dançar juntinho.
Aos sábados a música é ao vivo, e há um barzinho que vende salgados e bebidas (sem álcool). O amor está no ar e a alegria e a disposição de casais como Oscar Furlanetto, 86, e Francisca Carlota de Jesus, 84, há 24 anos juntos --conheceram-se em um baile--, são de fazer inveja aos jovenzinhos. Na visita do "Guia", Francisca dançou por horas sobre saltos gigantescos.
Só parou para retribuir os beijos apaixonados de Oscar (a quem chama de "nenê"). Se pintar qualquer dúvida, procure o Ademir Geova da Silva, 64 --ele é o cara.
Pq. da Água Branca - av. Francisco Matarazzo, 455, Água Branca, zona oeste, São Paulo, SP. Tel. 0/xx/11/3865-4130. Parque: seg. a dom.: 6h às 22h. Baile da Melhor Idade, ter., sáb. e dom.: 13h às 17h (domingos quinzenais; próximo: 25/11). Livre. Traje: social. GRÁTIS.
Memphis Rock Bar
A ambientação do Memphis é caprichada: o clube da zona sul agrega uma área ao ar livre, uma pista, uma sala de karaokê e um sushi-bar. Dá para chegar cedo, jantar e, conforme a noite avança, dançar sem medo na pista de pé-direito baixo, decorada com quadros de ídolos do rock.
O requinte tem explicação: o público da boate é formado majoritariamente por rapazes e moças maduros, geralmente com mais de 40 anos, entre casais e solteirões. No som, bandas ao vivo não deixam ninguém ficar parado. No repertório musical das noites, há espaço para canções clássicas do passado e hits de rock e de pop que empolgam qualquer um, em clima parecido com o de uma festa de formatura.
União Fraterna
O salão do União Fraterna é um patrimônio da cidade com mais de 70 anos. Espaçoso, vertical e arejado por janelas amplas, é adornado por mesas e cadeiras de madeira e por lustres imponentes em decoração com nuances clássicas. Aos domingos, quem promove o baile é a Jurandir Barros, 64. O público dela é majoritariamente na faixa dos 60 anos e dança com romantismo e modos refinados.
Em uma tarde quente como a da visita do "Guia", imperam damas com leques e cavalheiros de corte impecável -um clima delicioso de momento congelado no tempo. Às terças, quem manda na festa é o Haroldo Rodrigues, 70 (que também faz bailes no clube Piratininga). Figuraça à moda antiga e há mais de 30 anos no ramo, recebe os convidados pelo nome -são mais de 400 por noite- e faz as vezes de animador ao microfone durante os intervalos.
As duas bandas por noite tocam de tudo, desde que dançante: bolero, xaxado, brega, música latina e forró. Proliferam quarentões e cinquentões, muitos desacompanhados e a postos para um convite. O clube também aluga o espaço para eventos, como casamentos, e uma vez ao mês promove o seu próprio baile. O próximo, em 8/12, é o de "Confraternização".
R. Guaicurus, 1, Água Branca, zona oeste, São Paulo, SP. Tel. 0/xx/11/3672-0358. Proibido p/ menores de 18 anos. Baile Terceira Idade, dom.: 14h às 18h. Terças de Ouro, ter.: 18h às 24h. Ingr.: R$ 10 (domingo) e R$ 12 (terça). Traje: esporte fino.
Clube Piratininga
Os bailes de quinta e de domingo no clube Piratininga, realizados pela companhia Haroldo Bailes, são mais tradicionais e reúnem público na maioria com mais de 50 anos, formado por casais ou por turmas de amigos que curtem uma noite dançante ao som de ritmos clássicos da dança de salão, como o bolero. Aos sábados, sob o comando do Dida Club, as noitadas são mais ecléticas: começam calmas, com gafieira, e passam por ritmos latinos até chegarem nos flashbacks, quando o local ganha cara de balada.
Quem comanda a discotecagem é o DJ Willian, que promove, nos "pickups", a famosa viagem ao "túnel do tempo". Bandas "ao vivo", cantando sobre bases de playbacks, também animam a geral. Na pista, o clima é amistoso e convidativo. Jovens na faixa dos 20 anos dançam harmoniosamente com quarentões, cinquentões, sessentões...
Al. Barros, 376, Sta. Cecília, São Paulo, SP. Tel. 0/xx/11/3105-4685. Super Dançante, dom.: 17h às 24h. Noites Dançantes, qui.: 17h às 24h. Ingr.: R$ 12 (mesa: R$ 15). Traje: social. Livre. Sábados Dancing Mix, sáb.: 21h às 4h. Ingr.: R$ 20 e R$ 25. Traje: esporte fino. Proibido p/ menores de 18 anos. d c r f m
Clube Juventus
Os bailes regulares no Clube Juventus somam 13 anos e são feitos pela Melodia Eventos. Abertos para todo o público, não só para sócios, atraem pessoas acima dos 40 anos. Na música, geralmente executada ao vivo, predominam gêneros como samba, chá-chá-chá, forró, bolero e até foxtrote (ritmo americano dos anos 1920 que lembra vagamente a valsa), que atraem tanto dançarinos contumazes quanto visitantes curiosos.
Célebre pelas festas de Carnaval, o clube do time de futebol apelidado de Moleque Travesso também promove há 35 anos seus próprios bailes. Os três principais são o de aniversário, em abril, a "Noite Italiana", em agosto, e uma festa no fim do ano chamada "Cerveja, Frios e Samba" -a próxima, em 8/12, terá os grupos Fundo de Quintal e Art Popular, além da escola de samba Mocidade Alegre. Alguns sócios notórios pela destreza bailarina chamam a atenção -são veteranos dos concursos locais de dança.
R. Juventus, 690, pq. da Mooca, zona leste, São Paulo, SP. Tel. 0/xx/11/2271-2000. Proibido p/ menores de 18 anos. 350 pessoas. Melodia Clube, qua.: 20h à 1h30. Ingr.: R$ 30. Cerveja, Frios e Samba, sáb. (8/12): a partir de 21h. Ingr.: R$ 110 (c/ jantar e bebidas). Traje: esporte chique.
Dançata
Pequena e escondida (não há placas na porta), a Dançata é, na verdade, uma academia de dança aberta ao público. Uma portinha simples escoltada por um segurança esconde uma escada que revela, no seu topo, dois ambientes interligados: uma pista com chão de madeira, rodeada por espelhos e janelões de vidro, onde o público arrisca os passos de dança, e um "lounge", onde ficam mesinhas para descansar e um bar.
Os ritmos atendem a todos os gostos: às sextas, é a vez de batidas brasileiras, como forró e samba, para dançar coladinho; já aos sábados, o dia mais eclético, o bolero predomina.
Mas a proprietária do local, Alcione Baroos, 60, revela que costuma rolar de tudo. "A gente nunca sabe que tipo de público vai encontrar no sábado, então deixo tocar um pouquinho de tudo", conta. Lá dentro, como a própria dona revela, a frequência é variada. Na noite da visita (10/11), casais com mais de 40 anos dividiam espaço com jovens fãs de dança de salão e com mulheres solteiras. Estas, aliás, podem "alugar" dançarinos profissionais para ampará-las em uma canção.
Uma dica: capriche na produção. Roupa social, cabelos bem alinhados e maquiagem de festa costumam ser regra no visual dos clientes.
R. Joaquim Floriano, 1.063, Itaim Bibi, zona oeste, São Paulo, SP. Tel. 0/xx/11/3078-1804. 150 pessoas. Proibido p/ menores de 18 anos. Frisson, sex.: 22h às 3h. Dom.: 20h à 1h (1º e 3º dom. do mês). Baile do Bolero, Sáb.: 22h às 3h (2º sáb. do mês). Ingr.: R$ 25 a R$ 35. Traje: esporte fino. Valet (R$ 15).
Clube Independente do Brás
No Independência do Brás, o salão é simples e amplo e o clima é de gueto dos amantes dos passinhos. Se não há requinte, tampouco falta elegância. A música ao vivo (com inclinação para o brega romântico) atende aos que arriscam na pista e também a quem prefere assistir bebericando. A festa é da Apolonio Bailes, uma grife que soma 14 anos e leva o nome de Apolonio Vilaça, 65. Ele protagoniza um dos ápices do baile, a "dança do apito": assopra o instrumento e dá o sinal para uma troca de casais que só acaba quando as duplas originais se reúnem.
Já na "dança da bandeira", uma mulher entrega uma bandeirola a outra e, assim, "empresta" seu parceiro -a desalojada pode também tirar uma casquinha alheia.
O público é acima dos 60, e mulheres sem par não ficam paradas: a festa tem "personal dancers" que as buscam à mesa para bailar.
Clube Independência do Brás. R. Dr. Carlos Botelho, 466, Brás, centro, São Paulo, SP. Tel. 0/xx/11/2692-3924. 1.052 pessoas. Proibido p/ menores de 18 anos. Apolonio Bailes, sáb.: 14h às 21h. Ingr.: R$ 10 (mesa c/ quatro cadeiras: R$ 10). Traje: esporte fino. Valet (R$ 15).
Carinhoso Bailes
Pontualmente às 22h, o Carinhoso Bailes inicia mais uma noite com a canção que lhe emprestou o nome há 38 anos. "Meu coração, não sei por que..." é o primeiro de muitos versos românticos que serão entoados. O repertório tem ainda samba, bolero, forró e outros ritmos. Tudo executado por uma orquestra com cerca de 30 integrantes. Na pista, algumas duplas arriscam movimentos ousados enquanto outras preferem dividir passos lentos cheios de proximidade.
Simples e aconchegante, o salão tem mesas de plástico e iluminação discreta. Refrigerantes em garrafas de vidro, cerveja Itaipava e uísque circulam entre as mesas.
A maioria dos visitantes chega acompanhada, mas há espaço para flertes. Um músico da orquestra conheceu sua mulher ali. Os homens usam camisa sem gravata, calça social e sapato. As mulheres apostam em vestidos de festa, alguns cobertos de brilho. Muitos frequentadores percorrem o salão para cumprimentar os amigos de longa data. Aos sábados, a festa é procurada por pessoas a partir dos 45 anos. Nos outros, predomina o público na faixa dos 60.
R. Leais Paulistanos, 250, Ipiranga, São Paulo, SP. Tel. 0/xx/11/2061-2100. 640 pessoas. Proibido p/ menores de 18 anos. Almoço Dançante, sáb.: 14h às 21h. Jantar Dançante com Orquestra e Coral Carinhoso, sáb.: 22h às 3h. Domingo Magnífico, dom.: 14h às 20h. Ingr.: R$ 10 (domingo), R$ 12 (sáb. almoço) e R$ 15 (sáb. jantar). Traje: esporte fino. Estac. (R$ 5 a R$ 12 - convênio). Reserva (das 14h às 20h).
The History
Há quatro anos na ativa, a The History é uma das casas mais famosas entre o público fã de flashbacks. Comandada pelo lendário DJ Irai Campos, 53, na pista de dança só tocam hits nacionais e internacionais que foram sucesso nos anos 1970, 1980 e 1990. É lá que mulheres e rapazes a partir dos 35 anos dançam como se não houvesse amanhã.
Vale menção ao ambiente, moderno e aconchegante e, como em qualquer bom clube noturno, repleto de LEDs coloridos (além de um enorme globo espelhado com mais de dois metros de diâmetro). No bar, a bebida favorita é o uísque, mas, se bater aquela fome, porções são servidas até altas horas.
Clube Esperia
Clássico da zona norte, o clube Esperia promove há 20 anos bailes célebres na região, normalmente uma vez ao mês. O clima costuma ser determinado por temas étnicos: noites portuguesa, italiana e judaica, por exemplo. Uma influência que guia a sonoridade, com bandas ao vivo, e também a gastronomia. Aliás, comida e bebida costumam estar inclusas no preço.
O público é variado, mas predomina aquele entre 50 e 60 anos. Segundo Claudia Tadeu, gerente social do lugar, boa parte dos visitantes se prepara para os eventos em cursos de dança de salão que integram a programação de eventos do próprio clube.
O traje é geralmente esportivo, mas há eventos mais formais, como o "Baile de Aniversário", em 24/11, que inclui atrações musicais e mulatas de samba. No Esperia, quem estiver sem par não perderá o passo: as festas incluem "personal dancers" para acompanhar os dançarinos em carreira solo.
Clube Esperia. Av. Santos Dumont, 1.313, Santana, zona norte, São Paulo, SP. Tel. 0/xx/11/2221-2344. 800 pessoas. Proibido p/ menores de 18 anos. Baile de Aniversário dos 113 Anos, sáb. (24/11): 21h às 2h. Ingr.: R$ 125 (sócio: R$ 100). Traje: esporte fino.Estac. grátis.
Casa do Sargento
O baile na Casa do Sargento rola em um salão espaçoso com pista, palco e camarotes. O romantismo impera, mas cabe de tudo: MPB, forró e até o hit "Assim Você Mata o Papai". O público --cerca de 200 pessoas na visita do "Guia"-- é quase todo formado por felizes cinquentões e sessentões. O animador Miltinho assume o microfone nos intervalos.
"Em nome da gloriosa diretoria, nosso boa-noite ao venerável público", entoa, reverente. Ao encontro do prometido clima familiar e tradicional -são 65 anos de bailes-, o ambiente é simples. Dos salgadinhos servidos até as cadeiras (de plástico) e as toalhas com o brasão da casa. Os figurinos com estampas raras e os passos atrevidos de alguns casais reforçam o ar de flashback.
Casa do Sargento. R. Scuvero, 195, Cambuci, São Paulo, SP. Tel. 0/xx/11/3208-2689. 450 pessoas. Proibido p/ menores de 18 anos. Quartas Nobres, qua.: 20h à 0h. Sextas Espetaculares, sex.: 21h às 4h. Sábados Nostálgicos, sáb.: 21h às 3h. Ingr.: R$ qua., R$ 7 a R$ 14 (mesa: R$ 15); sex. e sáb., R$ 10 a R$ 20 (mesa: R$ 20). Traje: esporte fino.
Charles Edward
Misto de bar, balada e pub, o Charles Edward tem como chamariz uma ótima carta de uísque: são mais de 40 rótulos disponíveis para o deleite dos clientes, do clássico Johnnie Walker Red Label ao refinado Chivas 12 anos. Como uísque é a bebida tradicional do público maduro, já dá para se ter uma ideia de quem encontrar por lá --a clientela-padrão está na faixa dos 50 anos.
Mas não pense que a aura de pub fica só na decoração: o "pint" de Guinness sai cremoso das torneiras e, se gostar de cerveja, o cliente terá à disposição uma carta com mais de 30 opções de "geladas". Outro legado herdado dos tradicionais bares britânicos são os shows. Solteirões se sentem à vontade para paquerar, já que, durante a noite, bandas destilam sucessos do pop e do rock. A cozinha não decepciona: porções como a de medalhões de filé com torradas são boas dicas para recuperar as energias.
Boogie
É impossível chegar à Boogie e não recordar os anos 1970, quando a maior diversão era imitar os passinhos de John Travolta em "Os Embalos de Sábado à Noite" (1977). Na pista, DJs confirmam o clima de nostalgia ao tocar somente flashbacks, já que ninguém por ali faz questão de saber qual é o último grande hit. Canções de bandas como Abba, Soft Cell e Bee Gees costumam ser recebidas com gritinhos eufóricos pela mulherada, grande parte com mais de 40 anos, bem maquiadas e em trajes justinhos e modernos.
Os rapazes, vestidos com camisas bem alinhadas, estão sempre de olho na movimentação, já que a azaração é elemento presente nas madrugadas. É bastante comum ver grupos de jovens com menos de 30 anos dançando numa boa, muitos deles fãs das músicas do passado (ou fãs de mulheres maduras, claro). Outro detalhe que chama a atenção é o serviço da casa, impecável (garçons servem comidinhas durante toda a noite).
ABC Bailão
Na porta do ABC Bailão, sempre há um burburinho antes da balada. Lá na frente, homens robustos, barbudos e grisalhos ficam papeando, bebendo e esperando a melhor hora para entrar no clube. O local é uma boate gay tradicional da cidade. Ao contrário da maioria dos clubes voltados ao público GLS (que miram os jovens), o público alvo aqui costuma ter mais de 50 anos. Foi como um tímido baile, organizado esporadicamente por dois amigos, que a boate nasceu. Com divulgação feita pelo boca a boca, o local ganhou fama e hoje conta com casa cheia todos os dias.
Em casais ou solteiros, os frequentadores comparecem ao clássico salão para dançar euforicamente canções diversas. No começo da noite, geralmente predominam os flashbacks. Conforme a pista vai enchendo (e os casais vão se ajeitando pelos cantinhos), hits atuais de pop internacional se mesclam a ritmos nacionais, como forró e axé. Se na entrada o público parecia tímido e "marrento", dentro o clima é de liberação -o típico "carão" das boates gays costuma ser substituído por fartos sorrisos e aproximações supereducadas.