A Casa das Rosas, museu literário na avenida Paulista, ficará fechada por dois anos a partir da próxima segunda-feira, dia 18. O local passará por uma reforma, que já havia sido anunciada em dezembro de 2019, mas que foi adiada em um ano e meio durante a pandemia.

O principal motivo do fechamento do casarão, um dos últimos preservados na avenida de São Paulo, é a restauração do imóvel. A casa foi construída nos anos 1920 e precisa passar por uma manutenção do sistema elétrico e salas, além de adaptar os acessos para pessoas com mobilidade reduzida.

Como a Casa das Rosas é tombada e é uma instituição cultural ligada ao governo paulista, a empresa Estúdio Sarasá Conservação e Restauração teve seu projeto de restauro aprovado pelo Condephaat, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo, e será a responsável pela obra.

O valor estimado é de R$ 4,2 milhões —80% desses recursos vindos do Fundo de Defesa de Direitos Difusos, do Ministério da Justiça. O fundo é formado por valores arrecadados com multas e condenações judiciais. Os 20% restantes serão custeados pelo governo estadual.

Durante a reforma, porém, as atividades da Casa das Rosas não serão interrompidas. Parte delas serão efetuadas online e outra serão realizadas presencialmente no jardim do museu. Uma das atrações programadas será a mostra fotográfica “Onde Mora a Esperança”, que poderá ser visitada na área externa a partir de 20 de outubro.

Foram selecionadas 80 imagens do acervo da instituição americana Habitat for Humanity, que combate a desigualdade social e econômica pelo mundo. Na seleção, fotos de comunidades localizadas em áreas rurais de Pernambuco poderão ser vistas.

Os museus literários, Casa Guilherme de Almeida e Casa Mário de Andrade, dois espaços que ficam na zona oeste de São Paulo, vão assumir também parte da programação de atividades da Casa das Rosas.

Segundo a Secretaria da Cultura e Economia Criativa, a Casa das Rosas, até 2019, era um dos dez museus mais frequentados do país, com 500 mil visitas anuais. Como o museu ficou fechado por sete meses, entre maio e outubro de 2020 por causa da pandemia, e teve redução de público e de horários de funcionamento durante os meses mais críticos, este levantamento não pôde ser refeito.