Saiba como ver neve, entrar em iglus e tirar selfie com um Olaf de gelo em São Paulo

Ártico Neve e Gelo abre no Central Plaza Shopping com estátuas congeladas e boneco de neve

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São Paulo

Uma música com ares épicos toca ao fundo. Com o chão coberto de neve, há certa dificudade para caminhar. Mesmo com muita neblina, é possível avistar um castelo congelado e, por trás da nevasca, dá para enxergar o Olaf parado num canto.

Não, esta não é uma cena de um dos filmes de "Frozen", mas, na verdade, o cenário do Ártico Neve e Gelo, atração que foi aberta no dia 5 de novembro no Central Plaza Shopping, na zona leste de São Paulo.

Desde que o primeiro filme das irmãs Elsa e Anna estreou, há quase oito anos, os cenários congelantes da animação conquistaram um lugar cativo na cultura popular —até hoje, prateleiras de lojas de brinquedo vivem abarrotadas de bonecos da Elsa e pelúcias do Olaf, o boneco de neve do longa. O problema é que vivemos no Brasil, onde é raro ver neve. E foi justamente isso que inspirou a abertura do Ártico Neve e Gelo.

O Ártico Neve e Gelo tem ambiente a vinte graus negativos - Divulgação

O espaço busca simular um pedaço do Ártico em São Paulo, criando uma verdadeira friaca em plena primavera paulistana —segundo a atração, o ambiente chega a 20 graus negativos.

Não é de se surpreender, já que o chão do local é coberto de neve. Para decorar o local, foram espalhadas por lá cerca de 20 esculturas, todas feitas de gelo —nenhuma delas parece estar próxima de derreter.

As crianças devem se interessar especialmente pelas reproduções do Olaf, o personagem da Disney, e também pelas estátuas de pinguins e de urso polar. Há ainda a reprodução congelada de alguns pontos turísticos, como a Torre Eiffel e a Catedral de São Basílio, que aparecem por lá com três metros e meio de altura. Um paredão de gelo com símbolos chineses completam a decoração.

Essa mistura toda tem motivo. Andrés Cardona, o produtor do evento, explica que quis incorporar um pouco da cultura de outros países no Ártico Neve e Gelo.

Cardona é colombiano e já fez uma versão menor da atração na própria terra, em 2013. Depois, surgiu a ideia de fazer algo semelhante em outros países, como Panamá, Equador e Peru. Mas foi só no Brasil que o evento tomou proporções maiores —o campo de gelo aberto aqui tem mil metros quadrados.

A abertura no Brasil ocorreria em 2020, em Belo Horizonte, mas a pandemia jogou um balde de água fria nos planos de negócio.

Preso em terras brasileiras por conta do fechamento de fronteiras na Colômbia, Cardona começou a planejar a abertura do evento para outra data. Até houve um ensaio para inaugurar o Ártico Neve e Gelo em dezembro de 2020, mas não deu certo. Foi só agora, com o afrouxamento da quarentena em São Paulo, que a atração finalmente ganhou vida.

Quem for ao Ártico Neve e Gelo vai ter que planejar bem as roupas que vai usar, já que será preciso encarar o clima de São Paulo enquanto não entra no evento e, depois, ficar um bom tempo num ambiente congelante.

Iglu em exposição no Ártico Neve e Gelo - Divulgação

A empresa até fornece um par de luvas grossas gratuitamente para os visitantes, mas só. A dica é ir preparado e levar um bom casaco, evitar usar roupas curtas e, se possível, vestir um calçado que possa enfrentar umidade.

A atração funciona com algumas sessões de uma hora por dia. Cada turma de visitantes tem 20 minutos para se preparar e se vestir devidamente. O problema é que, se você for numa tarde abafada, é difícil ficar agasalhado por tanto tempo —o jeito é segurar o casaco até a hora de entrar. Nos 40 minutos restantes, os visitantes podem entrar no campo de gelo e explorar a atração.

Se não quiser levar o agasalho de casa, é possível alugar uma jaqueta e um par de botas no espaço —cada um sai a R$ 40.

Quem não gostou dessa ideia foi Tayná Gonçalves, que visitou a atração no dia 8, uma segunda-feira. "Achei um absurdo. Não é justo pagar R$ 40 a mais pela jaqueta. Deveria ser mais em conta", diz.

Questionado, Cardona explica que a empresa fornece somente as luvas gratuitamente porque sem elas os visitantes não conseguiriam manusear a neve sem se machucar. Ele completa dizendo que a jaqueta não é gratuita porque não é essencial para entrar no local, mas admite que ficar sem ela não é fácil. "É claro que se a pessoa não tiver um casaco não vai conseguir ficar durante os quarenta minutos".

Estátua de gelo do Olaf, personagem de 'Frozen', pode ser vista na atração - Divulgação

E é frio mesmo lá dentro. Com as luvas nas mãos, não dá para mexer no celular para tirar fotos.Oo único jeito de garantir uma selfie com o Olaf de gelo, portanto, é despindo as mãos –mas alguns minutos com as mãos descobertas são suficientes para deixá-las insuportavelmente doloridas.

Para criar o clima invernal, a empresa usa 28 evaporadores e 14 motores de refrigeração. Os evaporadores retiram o calor levado pelos seres humanos e, com isso, é possível abaixar a temperatura do local. Só assim é possível manter as esculturas de gelo de pé e a neve sem derreter.

A neve realmente parece com a que é vista em filmes. Cardona explica que no processo para criá-la, funcionários entram no local e usam ferramentas para jogar água no ar. Como o ambiente é bem gelado, a água vira neve antes de cair no piso. "Demoramos cerca de uma semana para preencher todo o chão", conta o produtor.

Quem faz as estátuas de gelo é o escultor paulistano Adriano Elias, que começou a construí-las com dois meses de antecedência. Há cerca de 30 toneladas de gelo expostos por lá.

Tem até iglu na atração, dois. Dá para entrar neles e ter uma ideia de como é a vida dos esquimós, que costumam construir essas casinhas de gelo. Para fazê-los, a empresa usou água e neve para juntar os blocos de gelo. O interior de cada estrutura tem cerca de nove metros quadrados.

Um boneco de neve com cerca de três metros de altura pode ser visto na atração - Divulgação

Os fãs de lugares instagramáveis tiram fotos ao lado do boneco de neve do local, que tem cerca de três metros de altura e pesa por volta de 500 quilos. Quem tiver disposição pode até tentar montar seu próprio boneco.

Se há agrado para as crianças com o boneco de "Frozen", os adultos que viram "Game of Thrones" provavelmente vão querer sentar em um dos tronos de gelo expostos no local. Cardona confirma que os cadeirões foram inspirados no seriado –apesar do famoso trono da produção da HBO ser de ferro.

Para visitar o Ártico Gelo e Neve, é preciso desembolsar um valor a partir de R$ 69,90 pelo ingresso, que é vendido pelo Sympla. Também é possível alugar um par de botas, uma jaqueta ou comprar uma fotografia impressa por R$ 40 cada um –quem preferir, pode juntar os três num combo a R$ 69,90.​

Se não quiser sair de casa para ver o Olaf de pertinho, a dica é assistir à série de curtas "Olaf Apresenta", que chegou na plataforma Disney+ no dia 12, sexta-feira.

Ártico Neve e Gelo

Avaliação:
  • Quando: Seg. a sex., das 10h às 21h; sáb, dom. e feriados, das 8h às 21h. Até 30 de janeiro
  • Onde: No Central Plaza Shopping - av. Dr. Francisco Mesquita, 1.000, Jardim Ibitirama, região leste
  • Preço: A partir de R$ 69,90
  • Link: https://articoneve.com
  • Ingressos: bileto.sympla.com.br/event/66588