Tasca do Arouche, restaurante português tradicional, fecha as portas no centro de SP

Endereço encerrou as atividades na pandemia no largo do Arouche, mas donos estudam retomada

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São Paulo

Restaurante de culinária portuguesa no largo do Arouche, no centro de São Paulo, o Tasca do Arouche teve apenas seis anos de vida ativa. O endereço fechou temporariamente nos primeiros meses da pandemia, ainda em 2020, e permanece com as portas baixadas até hoje, sem previsão de retorno.

Funcionários do hotel San Raphael confirmaram o fechamento definitivo. O restaurante ficava no térreo de outro hotel, o San Michel, mas ficava sob os cuidados da equipe de Raphael Jafet, que também comanda o hotel San Raphael, do outro lado da rua.

Mas, depois que o fim das operações foi confirmado pela empresa, surgiu uma esperança para os antigos frequentadores do local. Gregorio Jafet, neto do fundador da rede e gerente do San Raphael, afirmou que há planos de o restaurante retornar. "O ponto do Tasca está aguardando uma segunda definição. Devemos reabrir as operações, seja o próprio Tasca, seja talvez algo híbrido. Temos planos de voltar com a casa o mais breve possível", afirma.

Ainda não há uma data. O grupo revela também que estuda inaugurar um novo restaurante na mesma região do largo do Arouche, que vem passando por obras de revitalização.

O Tasca, aberto em 2014 e chefiado pelo cearense José Maria Pereira e pelo próprio Raphel Jafet, ficou conhecido entre os habitués do Arouche e do centro de São Paulo por seus pratos lusitanos tradicionais, servidos em ambiente reservado.

O endereço surgiu sem a pompa nem os preços salgados das casas portuguesas mais caras da cidade, mas sempre com boa comida e bons ingredientes. Ali, era possível provar receitas de bacalhau para duas pessoas por cerca de R$ 90. Mas existiam opções mais em conta, caso do almoço executivo, que girava em torno de R$ 60, com entrada, prato principal e sobremesa.

Ainda entre as opções com bacalhau, um dos destaques era o da Tasca —feito em posta, ao forno, com cebolas caramelizadas no azeite, brócolis, batatas ao murro, ovo cozido, tomate e alho frito. Havia também o tradicional à lagareiro, com posta empanada com cebolas, batatas, brócolis, azeitonas e alho.

Também engordavam o cardápio o arroz de polvo, a lula grelhada e a chanfana de cordeiro, por exemplo.

Outra marca registrada do espaço eram os shows e as apresentações de fado, canção popular típica de Portugal, sempre aos domingos.