Relembre quais restaurantes e bares fecharam em São Paulo em 2021

Lugares como o Frank Bar, Lá da Venda e Burikita não existem mais na capital

São Paulo

Lá se vão 21 meses desde que a pandemia foi decretada no país. E, apesar de um certo otimismo perfumar o ar de São Paulo nestas últimas semanas do ano, por causa das elevadas taxas de vacinação, a crise causada pela Covid-19 ainda assombra a capital paulista —isso sem falar do surgimento de novas variantes do vírus, como a ômicron.

Foi a pandemia a principal motivadora das despedidas que vimos em 2021 entre bares e restaurantes da cidade. Mas não só ela. A verticalização e a venda de imóveis para dar espaço a prédios também fizeram com que muitos endereços fechassem as portas.

Confira, a seguir, 15 bares e restaurantes que deixaram de existir na capital neste ano.

Colaborou Nathalia Durval

Antonietta Cucina
A trattoria fechou as portas em julho, após 12 anos em Higienópolis, pois teve o imóvel vendido. O local era comandado por Milton Freitas, que hoje mantém o restaurante Jacarandá em Pinheiros.


Burikita
Clássico do Bom Retiro, o local foi um dos que não aguentou a crise econômica causada pela pandemia e se despediu do público em dezembro. Aberta há 51 anos por um casal de imigrantes da antiga Iugoslávia, a confeitaria era conhecida pelos strudels e burekas, um quitute de massa folhada com recheios variados.


Buttina
Após 25 anos, os clientes se despediram das jabuticabeiras e dos pratos italianos do restaurante em Pinheiros. Filomena Chiarella, que era a chef da casa, entrega massas e doces por encomenda no Instagram @deliciasdafilo10.


Frank Bar
Um dos grandes representantes da alta coquetelaria na capital paulista, o bar fechou as portas em dezembro, depois de seis anos no lobby do clássico hotel Maksoud Plaza, próximo à avenida Paulista. A despedida veio na esteira do fechamento do hotel, que também levou consigo o bar de vinhos Vino —este anunciou buscar um novo hotel para manter a sua operação.


Genésio
Clássico boêmio da Vila Madalena, o bar já estava mal das pernas em 2020, quando procurou investidores que o ajudassem a se manter, mas fechou de vez em março, após 20 anos. Além dos problemas causados pela pandemia, entraram na conta disputas com o proprietário do imóvel.


Heute
Aberto em 2018, o local ficou conhecido por servir brunch e drinques em ambiente descolado na Vila Buarque. A casa aderiu a campanhas de financiamento coletivo para tentar sobreviver, mas não resistiu ao baque econômico causado pela pandemia e se despediu em fevereiro.


Lá da Venda
O charmoso misto de restaurante, café e empório fechou as portas em março devido à pandemia, após 11 anos na Vila Madalena. Comandada pela chef Heloisa Bacellar, a casa tinha um jeitão de venda do interior, com cardápio com receitas como picadinho, bolos, tortas e pão de queijo.


Le Manjue Organique
Comandado pelo chef Renato Caleffi desde 2008, o restaurante de comida orgânica anunciou em abril que permaneceria fechado devido às incertezas causadas pelo novo coronavírus. Mas o público não ficou completamente órfão das refeições saudáveis da casa: quatro unidades do café Le Manjue permanecem funcionando em São Paulo.


Mangiare
Encerrou as atividades em março. O restaurante instalado desde 2011 na Vila Leopoldina operava sob o comando de Benny Goldenberg, que é sócio da chef Paola Carosella no Arturito e no La Guapa, e destacava receitas preparadas no forno a lenha.


Mensa
Despediu-se do público em julho, após três anos aberto na Vila Madalena. Comandado pelo chef Rafael Navarini, o restaurante servia comida autoral e, apesar de ter chegado a se adaptar ao delivery, foi mais uma das casas que não resistiram às incertezas causadas pela pandemia.


Micaela
Foi em janeiro que o chef Fábio Vieira anunciou o fim do Micaela, na região dos Jardins, um restaurante onde a gastronomia brasileira se encontrava com a espanhola. A unidade de Ilhabela, no litoral norte paulista, continua aberta.


Mundo Pão Olivier
Outro endereço badalado que fechou as portas devido à pandemia foi a padaria de Olivier Anquier, que funcionava desde 2017 na praça da República —mas o restaurante Esther Rooftop, também tocado pelo francês, continua aberto no topo do mesmo edifício. Apesar do encerramento, o chef não parou de produzir pães e doces, que podem ser comprados pelos aplicativos iFood e Rappi na loja Olivier Anquier Boulangerie Delivery.


Ramona
O endereço de alma roqueira que funcionava desde 2012 no centro da capital e servia comida madrugada adentro também foi vítima dos problemas econômicos causados pela pandemia. Fechou as portas em março, depois de não se adaptar ao delivery.


Scar
O bar conhecido pelos drinques e pela trilha sonora de rock foi um dos pontos que ajudaram a transformar a Barra Funda em bairro moderninho. A casa não resistiu ao abre e fecha de salões por causa da Covid-19 e se despediu da clientela em abril. Hoje, o imóvel abriga a padaria Na Fila do Pão e a floricultura Fialka.


Vinheria Percussi
Comandada pelos irmãos Silvia e Lamberto Percussi, a casa italiana serve o último almoço nesta sexta, dia 31. Desde 1985 em Pinheiros, o imóvel foi vendido para dar lugar a um prédio. Mas a dupla volta a atender o público no ano que vem, com um serviço de delivery e um novo restaurante, também em Pinheiros.

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