Girondino, café histórico no centro de SP, será reaberto em novembro com agenda cultural
Fábrica de Bares, à frente do Bar Brahma, assumiu gestão do endereço, fechado após 26 anos
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O Café Girondino, endereço histórico que havia sido fechado no centro de São Paulo, vai ganhar um novo capítulo.
A casa foi adquirida pela Fábrica de Bares e será reaberta pelo grupo, conhecido por recuperar e administrar restaurantes e bares clássicos da cidade, como Bar Brahma, Riviera, Bao Léo e Love Cabaret.
A previsão é que o Girondino volte a receber o público em novembro, após uma revitalização. O café, que mantinha a decoração clássica, ocupa três pisos de um imóvel de esquina no largo São Bento.
Segundo Caire Aoas, sócio da Fábrica de Bares, as mudanças serão pontuais e devem manter o ar tradicional do Girondino, mas trazê-lo "para o presente".
Entre elas, estão trocas no cardápio, modernização do espaço e de utensílios e um serviço de retirada de café e itens para viagem. Além disso, o grupo pretende expandir o atendimento para a calçada e criar uma agenda cultural com apresentações e exposições.
O projeto inclui ainda fazer melhorias nos arredores do largo São Bento. As principais novidades, no entanto, devem ser entregues apenas em 2025.
Depois de 26 anos de funcionamento em frente ao Mosteiro de São Bento, os proprietários encerraram as atividades do Girondino em junho deste ano, devido à queda no movimento e no faturamento pós-pandemia.
O café virou referência para frequentadores da região e turistas. Ele foi fundado em 1998, inspirado no café homônimo que funcionou entre 1875 e a década de 1920 na esquina da rua 15 de Novembro com a praça da Sé.
As duas gestões não têm relação. O endereço original era ponto de encontro entre barões do café na época de efervescência cafeeira em São Paulo. O espaço mais recente, inaugurado sete décadas depois, manteve a tradição de receber operadores da Bolsa de Valores e bancários da região.
Há planos de manter a memória dessa cultura cafeeira com mostras temporárias sobre o tema no local, numa parceria que a Fábrica de Bares tenta fechar com o Museu do Café de Santos.