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Restaurantes

São Paulo ganha dois complexos que reúnem restaurantes, lojas, serviços e livraria

Lapi funciona em Pinheiros, e Passeio Paulista é inaugurado na Consolação

São Paulo

Sem fazer muito alarde, dois complexos que reúnem restaurantes, lojas e serviços abriram as portas nos últimos meses em São Paulo.

Um deles é o Lapi, em funcionamento desde abril a poucos passos do largo da Batata, em Pinheiros. A entrada é feita pela rua Fernão Dias. Ao passar pela fachada de tijolos aparentes, chega-se a um corredor rodeado por lojas e a um pátio central a céu aberto, com plantas, mesas e bancos. Por ali, também há banheiros e bebedouros de uso público.

O inquilino mais recente é o Panda Ya!, restaurante especializado em guioza. O quitute é recheado com sabores como frango assado desfiado com manteiga e toque de pimenta. A porção com quatro unidades custa de R$ 19 a R$ 24.

Pátio central do Lapi, complexo de lojas e restaurantes em Pinheiros
Pátio central do Lapi, complexo de lojas e restaurantes em Pinheiros - A imagem mostra um espaço ao ar livre com várias mesas e bancos de madeira dispostos de forma organizada. No centro, há uma árvore e vegetação ao redor. Ao fundo, há uma parede com janelas grandes e uma área coberta. /Alexandre Suplicy/Divulgação

Outra opção gastronômica é a Portugo, doceria que faz sucesso no Rio com pastéis de nata. O doce português, vendido num balcão, ganha coberturas como pistache e Nutella e custa a partir de R$ 10.

Estão abertas e funcionando também lojas das marcas Pipe Content House, 2C2 Bags, Cartel 011, Sim! e a floricultura Flô Ateliê Botânico.

A maioria dos espaços, no entanto, ainda deve receber lojas. A principal delas será a nova sede da Livraria Cultura, que encerrou as atividades no Conjunto Nacional há quatro meses. A previsão é que seja aberta em setembro.

Entre os nomes confirmados estão ainda a Coffee Lab, cafeteria fundada há 20 anos pela barista premiada Isabela Raposeiras, prevista para setembro, um restaurante do chef Fellipe Zanuto, à frente de negócios como A Pizza da Mooca, a padaria artesanal St. Chico e a APTK, marca de coquetéis engarrafados do bartender Ale D'Agostino.

O outro novo complexo é o Passeio Paulista, localizado a cerca de 800 metros da avenida Paulista. Ele fica no térreo de um prédio novo de 21 andares e conecta duas ruas: a da Consolação e a Bela Cintra, próximo ao Baixo Augusta.

O espaço tem uma área de 2.132 m² e reunirá restaurantes, lojas e serviços. Os visitantes podem caminhar pelo saguão de pé-direito alto do térreo e por um tipo de calçadão rodeado por plantas e bancos. O local conta também com uma praça de alimentação a céu aberto, com mesas e cadeiras para cerca de 120 pessoas, além de banheiros.

Parte dos andares já está em funcionamento com escritórios, mas as operações do térreo ainda serão inauguradas.

Um dos espaços do Passeio Paulista, complexo de restaurantes e lojas na rua da Consolação
Um dos espaços do Passeio Paulista, complexo de restaurantes e lojas na rua da Consolação - Divulgação

A gastronomia será o foco: dos 20 espaços, 16 serão ocupados com restaurantes. O primeiro, a ser aberto em setembro, é um ponto da Tropicool, rede especializada em açaí com filial em Nova York e Dubai. Em outubro, o espaço ganha uma The Coffee, cafeteria no estilo "pegar e levar" que se espalhou pela cidade e vai ganhar uma unidade maior, para consumir no local.

Segundo Thiago Ramos, da Favo Hospitalidade, consultoria que faz a curadoria do Passeio, estão no projeto a abertura de restaurantes de culinárias diversas, como asiática e brasileira, além de uma padaria, uma hamburgueria, uma sorveteria, uma chocolateria e bar de coquetelaria e vinhos.

Um dos destaques deve ser a nova casa italiana do chef Simone Paratella, que fundou o Simone, cozinha no Itaim Bibi indicada no Guia Michelin —hoje o chef não faz mais parte da equipe do restaurante, que mudou de nome.

A previsão é que a maioria desses espaços seja inaugurada em março de 2025. Já está aberto, em soft openig, a D. Propósito, misto de galeria de arte e loja de design com trabalho de artistas brasileiros.

Em comum, os dois complexos têm empresas do setor imobiliário envolvidas no projeto. O Passeio Paulista e o prédio onde ele está localizado foram construídos pela Brookfield Properties e pela Fibra Experts. Além da parte comercial, também há um setor residencial.

Por trás do Lapi está a Jacarandá Capital, gestora de investimentos imobiliários. A empresa investe no local desde 2017, mas as obras só começaram em 2021. Eles também se envolveram em outras iniciativas na região, como criar investimentos para a revitalização do largo da Batata.

Segundo Luis Augusto Góes, um dos sócios da Jacarandá, o Lapi faz parte um projeto maior, que prevê prédio residencial e escritórios. Para isso, o grupo adquiriu 30 imóveis na área, distribuídos em três quadras, entre as ruas Fernão Dias, Guaicuí e a avenida Brigadeiro Faria Lima.

Os dois lugares se somam a uma onda de complexos gastronômicos que têm surgido na capital paulista nos últimos anos. Na mesma linha, o Ramal deve ser inaugurado no próximo ano no térreo do Basilio 177, com reforma do edifício Sete de Abril, no centro.

A incorporadora Metaforma, dona do empreendimento, vai revitalizar o imóvel e transformá-lo em prédio residencial, que terá, no térreo espaço com restaurantes e lojas.

Lapi
R. Fernão Dias, 604, Pinheiros, região oeste, @lapi_sp

Passeio Paulista
R. da Consolação, 1.601 e r. Bela Cintra, 306, Consolação, região central, passeiopaulista.com.br

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