Knotfest, criado por Slipknot, faz maratona de metal em SP com direito a reencontro do Pantera
Bandas como Bring Me The Horizon, Sepultura e Judas Priest também estão escaladas para evento
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Não é só a final da Copa do Mundo, mesmo que sem a seleção brasileira, que promete agitar a capital paulista neste domingo, 18. Logo pela manhã, a partir das 11h, uma legião de metaleiros já estará a caminho do Sambódromo do Anhembi para acompanhar um dos maiores eventos do gênero do mundo —o Knotfest, criado em 2012 pela banda Slipknot, como o nome já sugere.
E até durante a maratona metaleira haverá espaço para o futebol —o festival já avisou que transmitirá a partida final, marcada para às 12h, mas garante que a música será a protagonista absoluta. Serão 12 bandas de hardcore, metal e outras ramificações divididas em dois palcos para uma programação de 12 horas de shows. Entre os nomes escalados estão bandas como Pantera e Bring Me The Horizon, além dos anfitriões do Slipknot.
É a primeira edição brasileira do evento, inicialmente marcado para 19 de dezembro do ano passado, mas adiado por causa da pandemia. Para o baixista do Slipknot, Alessandro Venturella –o VMan— era apenas uma questão de tempo para o festival, que também acontece em países como Japão, Canadá e México, viesse até o público brasileiro.
"Sempre que eu reencontro músicos que acabaram de voltar de turnês pela América do Sul eles estão tipo ‘isso foi insano, totalmente louco’. Quem não quer ter essa base de fãs ou fazer parte disso uma vez na vida? Eu não quero shows em que as pessoas fiquem sentadas sem se importar, eu quero ver todo mundo ficando maluco", diz.
A banda americana, naturalmente, é vendida como headliner do festival junto com os britânicos do Judas Priest, liderados por Rob Halford, que compartilha com VMan a expectativa sobre o público brasileiro. "O Priest tem muitas memórias maravilhosas da América Latina inteira, mas principalmente do Brasil e de São Paulo, porque as pessoas aí são loucas como em nenhum outro lugar do mundo. E eu digo isso do jeito mais elogioso possível", brinca.
Segundo Halford, há ainda uma camada extra de importância para o evento —uma sede de reencontro que perdura da quarentena imposta pela Covid-19, quando toda a agenda de shows foi cancelada mundialmente. "É uma celebração por estarmos juntos novamente. Durante esses festivais você faz amigos e cultiva relações com outras bandas, então foi muito triste perder isso. Agora é um sentimento poderoso, que tem se repetido no mundo inteiro", explica.
O vocalista adianta que o Priest fez uma nova versão do setlist da turnê que celebra os 50 anos da banda especialmente para São Paulo, mas não deve dar spoilers do disco que preparam. "O álbum está feito e só faltam meus vocais, mas é uma característica nossa construir curiosidade e entusiasmo em relação às nossas novas músicas —parte de mim quer se exibir e a outra fica meio ‘não é o momento de abrir os presentes de Natal ainda’", brinca.
Já o Slipknot chega ao palco com o novo "The End, So Far", lançado em setembro. VMan diz que o disco é, de certa forma, um resultado do processo de quarentena. "Nós passamos muito tempo escrevendo e fazendo o possível com aquele espaço-tempo estranho. Estar em um estúdio com ninguém em volta, com as ruas vazias, fez a gente se aproximar muito mais e tirar um disco desse processo. Então estamos muito orgulhosos."
Além dos headliners, outro destaque do festival é a reunião do Pantera, uma das bandas mais importantes do metal nos anos 1990, que encerrou os trabalhos em 2003 e, em dezembro deste ano, decidiu retomar as atividades com sua primeira turnê em duas décadas.
Dos integrantes originais, voltam aos palcos o vocalista Phil Anselmo e o baixista Rex Brown, e substituem os irmãos Dimebag Darrell e Vinnie Paul —que morreram em 2004 e 2018, respectivamente— o guitarrista Zakk Wylde e o baterista Charlie Benante. Brown, no entanto, pegou Covid e não tocou na edição chilena do Knotfest, e ainda não se sabe se o baixista irá se recuperar a tempo do show no Brasil.
O lineup ainda tem Bring Me the Horizon, banda inglesa com toques de Brasil —o vocalista Oliver Sykes mora há cinco anos em Taubaté, no interior de São Paulo, com sua mulher—, Sepultura, expoente brasileira do metal, e Mr Bungle, projeto de rock experimental de Mike Patton, vocalista do Faith No More, que volta a fazer shows após quase 20 anos de hiato. Por fim, a banda Motionless In White, que também estava escalada, deixou o lineup nesta quarta-feira, 14, porque um de seus membros ficou doente.