Camarotes da Casa Natura e da Vibra são eleitos os melhores entre os espaços de shows de SP
Áreas mais privilegiadas dos locais garantem visão única dos músicos e atendimento exclusivo
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CASA NATURA MUSICAL
De 500 a 2.000 pessoas
Lucas Brêda
A Casa Natura é feita sob medida para receber shows de médio porte. O público de até 710 pessoas consegue ver bem as apresentações de qualquer lugar da pista, com fácil circulação entre os espaços e os bares, o que ajuda a não gerar aglomerações perto do palco.
Sendo assim, o mezanino, que reúne a área VIP e os camarotes, acabam sendo uma opção para quem quer ainda mais conforto. Isso porque essas áreas têm mesas e cadeiras, além de bar e banheiro próprios, com filas menores.
A estrutura rodeia a pista, acima da plateia, então, além dos artistas, é possível ver em ângulo privilegiado a reação do público às canções. Quem prefere assistir ao show de pé também tem essa opção, já que as mesas e cadeiras ficam em um nível acima.
Um ponto forte do setor são as paredes de vidro que separam o mezanino do vão para a pista. Se para quem fica na frente pode representar um empecilho, uma espécie de filtro que impede a visão direta do palco, elas também evitam alguma obstrução que estruturas de ferro ou madeira poderiam representar. Quem está mais atrás, olhando para baixo, tem a visão limpa.
Mas o que torna a área VIP da Casa Natura ganhadora desta categoria são os camarotes. O mezanino tem formato de "U", e esse setor mais exclusivo fica nas extremidades da ferradura, praticamente colado no palco.
Mais do que um espaço que se sobressai por um tratamento exclusivo ou privilegiado, os camarotes se destacam porque oferecem uma visão única dos músicos em ação, nas laterais da região em que eles se apresentam.
Assim, é possível ver com detalhes os dedos de um pianista se espalhando pelas teclas, os acordes e solos em uma guitarra e até o teleprompter exibindo as letras para os cantores. Dá para espiar os artistas atrás das cortinas, se preparando para subir ao palco ou saindo dele.
Até a comunicação entre os integrantes fica evidente para quem está nos camarotes —do jogo de olhares às deixas em uma sessão de improviso. É quase como ser uma mosca sobrevoando uma das laterais do palco, enquanto os músicos estão preocupados em entreter a plateia à sua frente.
O ponto baixo é a distribuição dos assentos, em formato de arquibancada. Isso porque a diferença de altura entre as fileiras é pequena, e quem está mais à frente não só enxerga substancialmente melhor como obstrui parte da visão de quem está mais atrás. Um detalhe que atrapalha, mas não anula a experiência singular que é ver um show com a sensação de estar praticamente de dentro do palco.
Casa Natura Musical - R. Artur de Azevedo, 2.134, Pinheiros, região oeste, Instagram @casanaturamusical. Programação em casanaturamusical.com.br
VIBRA SÃO PAULO
De 2.000 a 10 mil pessoas
Laura Lewer
A área de camarote da Vibra São Paulo é ideal para aqueles que querem assistir a apresentações musicais com conforto máximo, sentados em mesinhas individuais com assentos macios, atendimento ligeiro e ninguém zanzando na frente —mas que também não se importam com o quão próximo ficam do artista.
Seguindo um formato parecido ao de lugares com capacidade semelhante —entre 2.000 a 10 mil pessoas— a casa tem seu camarote em um ponto mais alto do que a pista, num andar acima.
No caso da Vibra, os assentos ficam concentrados no fundo do espaço, totalmente voltados para o palco e divididos em setor 1, que abraça a parte da frente com opções de quatro ou dois lugares, e os setores 2 par e ímpar, que ficam nas laterais e podem atender a cinco ou seis pessoas. Mesmo nos dias mais cheios, quando a casa chega a receber 7.000 pessoas, há um atendimento exclusivo para os 289 que comprarem os ingressos do camarote.
O resultado é um atendimento ágil, com constante trânsito de garçons durante toda a apresentação e comes e bebes que chegam rapidamente. O cardápio é o mesmo servido na pista e, embora com preços um pouco salgados, tem opções variadas, como o filé grelhado na manteiga de ervas frescas (R$ 125) e os bolinhos de mandioquinha com provolone (R$ 65).
Para beber, as opções são mais limitadas e sem nenhuma receita autoral —há a clássica gim-tônica, que pode ser servida com ou sem energético, e o Aperol spritz, todos por R$ 44. A casa também vende garrafas de vinho —que custam entre R$ 110 a R$ 230—, doses e destilados em garrafa, como vodca, gim e uísque.
O som, como tende a ser em todos os pontos da casa, atende bem o local —o espaço também levou a melhor nesta categoria—, e os telões melhoram a experiência, prejudicada pela distância do palco. É difícil ter tudo, afinal.
Vibra São Paulo - Av. Das Nações Unidas, 17.955, Santo Amaro, região sul. Instagram @vibrasaopaulo. Programação em vibrasaopaulo.com