Descrição de chapéu dia da mulher
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Dona de um Grammy Latino, Xenia França usa o caos para melhorar o universo

Cantora baiana, que já foi modelo, prepara turnê com repertório de Michael Jackson

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São Paulo

A cantora Xenia França, 39, acredita que os campos de luta da sua vida são também seus privilégios: é artista, mulher e baiana. "Essas três coisas são extremamente desafiadoras, mas, a cada desafio, eu me aprimoro", disse à Folha.

Xenia França em show no palco Villa-Lobos do Mita Festival, na Spark Arena (zona oeste de São Paulo) - Divulgação

Mesmo interessada por música desde a infância, quando escutava as canções de Marina Lima, Xenia não iniciou a sua carreira nos palcos e, sim, nas passarelas. Na adolescência, escondida da mãe, se inscreveu em um concurso para modelo anunciado em uma revista. Seu perfil foi escolhido em um grupo com dez meninas.

A baiana de Candeias participou, então, de um curso de passarela em Aracaju (SE). Nele, recebeu convite para trabalhar na capital paulista, onde mora desde 2004. Foi na cidade que, atuando como modelo, passou a frequentar shows e conhecer artistas.

Para ela, era como se fosse uma das protagonistas da série "Sex and the City", história sobre amigas vivendo, trabalhando e lidando com relacionamentos em Nova York. Só que no Brasil: sai o cosmopolitan, entra a caipirinha.

A artista começou no meio musical em 2008, quando conheceu o ritmo samba-rock e integrou o trio Capadosch, que tocava em festas de faculdades, como a "Quinta e Breja", na Escola de Comunicações e Artes da USP.

"Fui estudando e comecei a cantar muito na cidade e a estar, de fato, presente aqui. Quando tinha algum show especial, como o de um trombonista que tocava com Elis Regina, pegava ônibus para ir e assistir. Formulava de forma despretensiosa um projeto de carreira, até conhecer, em 2011, o pessoal com quem formei a banda Aláfia."

Sua estreia solo aconteceu com o disco "Xenia" (2017), indicado ao Grammy Latino em 2018, nas categorias melhor canção em língua portuguesa, com a música "Pra que me Chamas?", também composta por Lucas Cirillo, e melhor álbum pop contemporâneo. Em sua produção, ela diz estar atenta à própria subjetividade. Afirma também que "com o caos melhora o universo".

"Tudo o que poderia existir no mundo para me depreciar ou tentar me objetificar, para me colocar em um quadrado, eu uso para me elevar", diz Xenia.

Em 2023, na mesma premiação, levou a estatueta pelo segundo álbum de estúdio, "Em Nome da Estrela" (2022) na categoria melhor álbum pop contemporâneo em língua portuguesa. O título do disco faz referência a um de seus sobrenomes. No discurso, a cantora agradeceu aos orixás Exu e Oxum.

Neste ano, Xenia, que também é voz de "Lua Soberana", música que marcou a novela "Renascer", prepara turnê com repertório de um dos seus ídolos: Michael Jackson. Os shows reúnem grandes sucessos do artista em uma releitura com pop e jazz. As primeiras apresentações aconteceram no Sesc Pompeia, em fevereiro.

Me cante uma história - Natália Boere convida Xenia França
Arena B3 - pça. Antônio Prado, 48, Centro Histórico, região central. Sáb. (8), às 17h. Ingr.: R$ 40 em Sympla