Camarão na moranga e cosmopolitan: veja onde comer pratos para reviver os anos 1990 em SP

Cidade tem bares, restaurantes e docerias com receitas que fizeram sucesso há três décadas

São Paulo

Os anos 1990 estão de volta —basta olhar para as estreias de cinema e ver o número de filmes em cartaz que são derivados de títulos que fizeram sucesso naqueles anos, ou abrir um streaming e checar séries repaginadas, ou conferir as agendas de música e ver grupos de pop punk e boy bands reinando novamente.

Se o papo é gastronomia, os fãs de tomate seco, bolos de coco embrulhados em papel-alumínio e camarões na moranga também não estão desamparados —essas modas, que nunca sumiram, ainda podem ser encontradas com facilidade por aí.

Boa notícia para os paulistanos nostálgicos: dá para reviver esta década na cidade passeando por restaurantes, bares e docerias. Veja, a seguir, como celebrar esta década. E, se quiser, comece o seu passeio com uma ida à Galeria do Rock para fazer tudo a caráter.

Batidinha de coco
Botecos moderninhos de São Paulo recentemente resgataram a saborosa mistura de álcool, coco e leite condensado. No Bagaceira, que fica na Santa Cecília, por exemplo, o drinque é vendido por R$ 25 e, no Moela, da mesma região, sai a R$ 20 na garrafinha.
Bagaceira, em @barbagaceira Moela, em @barmoela

Batidinha de coco do bar Furduncio, em Santa Cecília, em SP
Batidinha de coco do bar Furduncio, em Santa Cecília, em SP - Reprodução/Instagram/botecofurduncio

Bolo de coco no alumínio
O bolo com gostinho de festa dos anos 1990 ganhou fôlego —incluindo a parte do embrulho no papel- alumínio e o jeito de ser servido, geladinho. Uma das marcas que oferecem o quitute é a Carole Crema, por R$ 14,90 a unidade.
Carole Crema, em carolecrema.com.br


Camarão na moranga
Prato da culinária litorânea, a mistura do camarão com o Catupiry que usa a própria moranga como recipiente pode ser degustada por R$ 134 no Mexilhão, restaurante da Bela Vista inaugurado em 1970.
Mexilhão, em restaurantemexilhao.com.br


Casquinha de siri
Ninguém sabe explicar bem o porquê, mas desde que esses aperitivos se tornaram onipresentes em cardápios país afora, eles sempre vêm servidos numa concha —muito embora siris sejam crustáceos, e não moluscos. É bem dessa forma que são servidas, a R$ 62, as casquinhas do Tatini.
Tatini, em @tatinirestaurante_oficial


Cosmopolitan
A mistura de vodca, suco de cranberry, licor de laranja e suco de limão servida em uma taça parecia indissociável da figura da personagem Carrie Bradshaw para qualquer um que acompanhasse as aventuras das amigas de "Sex and the City". A versão original e o reboot da produção, do ano passado, podem ser vistos no streaming, e o drinque pode ser pedido no Riviera, que funciona
24 horas por dia, por R$ 31.
Na HBO Max e no Riviera, em linktr.ee/rivierabarerestaurante


Creme de papaia
Reza uma das lendas que o jornalista e cronista Silvio Lancellotti, especialista em esporte e gastronomia, foi o inventor da guloseima, muito popular nos anos 1990. Mas outra história, mais crível ou não, diz que a sobremesa foi criada nos anos 1970, na churrascaria Rodeio —onde é vendida até hoje, por R$ 53. Seja como for, o fato é que você dificilmente encontrará o creme em algum restaurante mais gourmetizado. No entanto, a sobremesa feita com mamão-papaia, sorvete de creme e finalizada com licor de cassis (com chorinho) continua clássica em churrascarias.
Na Rodeio, em rodeiosp.com.br


Estrogonofe
O clássico prato que reúne cubos de carne bovina, batata frita palha e arroz (R$ 82) é uma das receitas mais populares do Brasil e também do Bar da Dona Onça, na região central. Também tem apelo especial para a chef Janaina Rueda, que costumava comemorar aniversários com a receita, preparada por sua mãe.
Bar da Dona Onça, em @bardadonaonca


Fran’s Café
Muito antes dos copos grandes e descartáveis da Starbucks, The Coffee e companhia, havia o Fran’s. O café nasceu nos anos 1970, em Bauru, mas se popularizou na capital na década de 1990, quando virou franquia. Com muitas unidades 24 horas, ou perto disso, virou ponto de encontro de novos e velhos casais, servindo cafés grandes, variados, gelados, quentes, com sorvete ou chantili. A concorrência de infindáveis cafés foi cruel para a rede, que fechou a maioria das unidades, mas vive agora um revival com
o nome Fran’s Café Origem.
Na Benedito Calixto, em 25/1


Petit Gâteau
Creditado por trazer a sobremesa ao Brasil, o francês Érick Jacquin serve o bolinho em seu restaurante Président por R$ 45. Além dessa, outra receita é o gâteau com doce de leite e sorvete de baunilha (R$ 35) servido há quase três décadas no Carlota Bistrô.
Président, em @president_jacquin, e Carlota Bistrô, em @carlapernambucocarlota


Rodízio de sushi
Assim que a comida japonesa virou pop, alguém teve a ideia de servi-la à moda das churrascarias, em rodízio. Nas nove unidades paulistanas do Aoyama, fundado em 1997, no auge dessa onda, adultos pagam R$ 129,90 pelo rodízio completo, que inclui opções picantes, como o baterá spicy de atum, e trufadas, como o niguiri de barriga de salmão.
Aoyama, em @restauranteaoyama


Tomate seco
Sensação absoluta do início dos anos 1990, o tomate seco aparecia em todo canto —pizzas, sanduíches, saladas, festas, aniversários. Quem quiser mergulhar no passado e no azeite pode recorrer à Carlos Pizza, que serve por R$ 48 a entrada abobrinha na roça, com ricota de búfula, noz pecã, parmesão, salsa, manjericão e, claro, os famosos tomates.
Carlos Pizza, em guiacarlospizza.com.br

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