Cirque du Soleil volta a SP com 'Bazzar', espetáculo com ingressos de até R$ 1.090
Produção circense da companhia canadense tem apresentações até 27 de novembro na cidade
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No picadeiro, surgem pernas-de-pau, cuspidores de fogo, acrobatas e trapezistas. O Cirque du Soleil retorna às origens do circo e destaca esses e outros números tradicionais em seu novo espetáculo, "Bazzar", que estreia em São Paulo nesta quinta, dia 8.
A volta ocorre três anos após a última passagem pelo país, hiato em parte causado pela Covid-19, que deixou a companhia canadense à beira da falência. Agora, ela monta a sua tenda no parque Villa-Lobos, na zona oeste de São Paulo. A temporada de apresentações se estende até 27 de novembro e depois segue para o Rio de Janeiro.
"Alguns dos nossos shows são impressionantes, há muita tecnologia em torno deles. Mas ‘Bazzar’ volta para as nossas raízes. Tudo é realmente sobre os acrobatas e o que eles podem fazer com seus corpos", diz o holandês Franck Hanselman, diretor da turnê.
O espetáculo é, de certa forma, uma celebração dos quase 40 anos de história do Cirque du Soleil e de seus fundadores. "Era apenas um grupo de artistas de rua em uma pequena cidade de Québec. Na época, meio improvisado, uma espécie de caos. Tentamos recriar esse mesmo ambiente", conta Hanselman.
A trama acompanha um maestro que conduz essa algazarra de acrobacias e danças como se fosse uma orquestra. Ele conta com um assistente, chamado Mini Maestro, a quem ensina seu ofício e deseja passar o legado e a sua cartola. Mas um trapaceiro surge no caminho para provocar desordem na trupe.
Além dos números tradicionais, surgem atrações com patins, trapézio duplo, bambolês, slackline e "hairceu", um ato novo no qual o artista usa os próprios cabelos presos a um aro para fazer acrobacias. Tudo isso dentro de uma tenda de 19 metros de altura e 51 metros de diâmetro, que acomoda 2.600 pessoas.
Dividida em seis atos, a narrativa é acompanhada por uma trilha sonora tocada ao vivo por uma banda e uma cantora no palco, em meio a figurinos coloridos e um cenário construído com escadas e estruturas metálicas que mudam de forma.
"Os sons e as músicas também são mais divertidas, o que é reflexo de estarmos no Brasil", diz o diretor artístico americano Johnny Kim, que conta que a trilha ganhou uma pegada latino-americana na nova adaptação.
"Bazzar" havia estreado em 2018 e estava em cartaz na República Dominicana quando foi interrompido pela pandemia. Outros 40 espetáculos que estavam sendo apresentados ao redor do mundo também foram pausados. Sua primeira apresentação desde então será no Brasil.
"Ficou um show melhor do que antes", afirma Hanselman. Os ingressos chegam a custar R$ 1.090—modelo para até 350 pessoas e que inclui, além do show, coquetel, brindes, wi-fi e equipe exclusiva para atendimento. Na plateia, os valores vão de R$ 280 a R$ 690. Ainda há entradas disponíveis para esta quinta-feira (8).
Para a reestreia, foram feitas modificações como a inclusão de novos números e de artistas. Entre eles, dois brasileiros: o percussionista Fred Selva e o acrobata Helder Vilela.
"É uma vitória não só para o artista, mas para todos que estão vendo", diz Vilela, que foi convidado pelo circo canadense há quatro anos, depois de enviar um vídeo de audição.
Além de entrar para o elenco de "Bazzar", ele ganhou um ato solo criado especialmente para as apresentações na temporada pela América do Sul.
No número, o acrobata usa duas faixas presas ao teto para balançar e rodopiar pelo palco. Por vezes, quando pega embalo, chega a sobrevoar a plateia. "Faço movimentos lentos e suaves, é como se o meu personagem fosse a alma do artista", ele diz. "No meio do alvoroço do circo, sou aquele que traz calma."
Erramos: o texto foi alterado
Os ingressos mais caros para o espetáculo "Bazzar" custam R$ 1.090, e não R$ 1.200, como afirmava versão anterior deste texto, que considerou o valor com a taxa de conveniência da plataforma de vendas.