Crítica: 'Bê a Bach' introduz compositor alemão de forma lúdica aos pequenos

Em "Bê a Bach", com direção geral de Anie Welter e Marcelo Zurawski, as crianças são introduzidas de forma bastante lúdica ao universo sonoro do compositor alemão Johann Sebastian Bach (1685-1750).

O espetáculo é feito de muitos encontros: de duas companhias (Furunfunfum e Noz de Teatro, Dança e Animação), de diferentes linguagens (música, dança, teatro de animação e circo) e de instrumentos acústicos (flauta, violão e violoncelo, tocados ao vivo) e elétricos.

Dessas misturas surgem mundos de bichos, plantas e criaturas inusitadas, numa narrativa sem palavras e não linear, aberta ao imaginário da plateia. As crianças bem pequeninas, em especial, são facilmente atraídas a navegar por mares de criaturas fantásticas ou a bailar com flores que anunciam segredos.

São muitos os enredos narrados pelos corpos das quatro intérpretes em cena (Aline Alves, Anie Welter, Nathalia Kwast e Renata Maciel), num gestual que traz marcas das danças contemporânea e barroca. Também ajudam a contar histórias os engenhosos figurinos de Amarilis Arruda, cheios de surpresas.

Já a iluminação, a cargo de Kleber Montanheiro, imprime uma atmosfera por vezes misteriosa, num jogo de esconder e revelar, aguçando ainda mais a imaginação nesse espetáculo de boas parcerias.

Avaliação: muito bom
Indicação da crítica: a partir de 3 anos

CCBB - teatro - R. Álvares Penteado, 112, região central, tel. 3113-3651. Sáb. (16): 11h. 50 min. Livre. Estac. a partir de R$ 15 (r. Santo Amaro, 272, c/ serviço de van grátis até o CCBB). Ingresso: R$ 20. Ingr. p/ ingresso.com.

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