A comédia musical “Vida de Pirata”, da Cia. do Liquidificador, dirigida e escrita por Fábio Spila, viaja pelo imaginário da pirataria em sua época de ouro, quando a bandidagem corria solta no Velho Mundo.
Com indumentárias de cangaceiro, chapéu de palha e bombachas gaúchas, os ladrões dos mares são comandados por uma capitã, que possui uma imediata bêbada e uma navegadora adivinha, vestida de baiana.
Ao lado do faxineiro faz-tudo e de um músico que toca acordeão, as tripulantes do navio fazem trapalhadas e exploram a linguagem do circo com cambalhotas, trocadilhos e estapeações típicas do picadeiro.
Os atores têm talento, mas o espetáculo tem dois problemas. Em primeiro lugar, o enredo perde força da metade para o final porque apenas repete as peripécias.
Em segundo lugar, ao cenário da embarcação, que usa os símbolos da pirataria, como espada, canhão, baldes e tonéis, é sobreposto um figurino com a temática do folclore brasileiro, que não gera impacto nem significação. Não se sabe qual é a mensagem do grupo para além das piadas da comédia.
Indicação da crítica: a partir de 7 anos
CCSP - sala Jardel Filho - R. Vergueiro, 1.000, Liberdade, região central, tel. 3397-4002, 321 lugares. Sáb. e dom.: 16h. Até 16/9. Ingr.: R$ 20. Ingr. p/ ingressorapido.com.br.
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