Nesta versão do conto "O Patinho Feio", de Hans Christian Andersen (1805-1875), adaptada e dirigida por Tony Giusti, a ave é adotado por pais amorosos. Em um vilarejo caipira, Dona Pata pede ao marido para ficar com o ovo, abandonado à beira do riacho.
A montagem está em cartaz no Teatro de Arena da Funarte Eugênio Kusnet, na República (centro de São Paulo), aos sábados e domingos até 14/7. Os ingressos custam R$ 10.
Na escola, o herói sofre zombarias de três patinhos irrequietos. O filhote de cisne destoa do grupo porque usa óculos e faz com prazer as lições.
As intensas descrições e os comentários de Andersen sobre os personagens são difíceis de colocar em cena. Mas a direção resolve bem a lição de moral da fábula ao transferir a representação da violência na narrativa original para as relações entre os patinhos.
A maldade e o perigo também se concentram na figura da raposa. Camuflada, ela tenta caçar os patos e interage com o público na brincadeira de descobrir para onde fugiram os personagens. As perseguições movem as peripécias com desenvoltura.
Os atores recitam os diálogos em rimas, que poderiam variar mais, e exageram na atuação em algumas cenas. As discussões excessivas dos pais adotivos do herói são dispensáveis.
O cenário geométrico traz traços de uma floresta onde predominam macieiras e suas linhas retas se estendem para os figurinos.
Avaliação: bom.
Indicação do "Guia": a partir de 3 anos.
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