Crítica: 'O Príncipe Caranguejo' usa sombras e se aproxima de contação

"O Príncipe e o Caranguejo", da Cia. Andi Rubistein e com direção de Debora Vivan, mistura cenas de teatro de bonecos e de teatro de sombras com silhuetas coloridas para narrar um conto de fadas do século 19, adaptado por Italo Calvino (1923-1985).

As duas atrizes que encenam o espetáculo —Andi Rubistein e Urga Maira Cardoso— são também autoras da dramaturgia e roteiristas. Dois músicos as acompanham no violão e na percussão (Deni Domênico e Rafael Mota Rodrigues).


O enredo enfoca uma princesa diferente, que tem o maior aquário do mundo, e deseja ganhar um caranguejo gigante que certo pescador tenta vender ao rei por um preço "a peso de ouro".

A garota convence o pai com um jeitinho especial que lhe é característico e que funciona como um refrão humorado na peça. O rei compra o caranguejo, que se transforma em príncipe.

Embora o teatro de formas animadas combine com projeções do aquário da princesa e haja cenas interativas que unem as multilinguagens, falta à montagem presença maior das narradoras como atrizes, para fazer a história acontecer de fato no palco.

Sem isso, a peça fica mais próxima da contação de histórias do que do teatro de ator.

Avaliação do "Guia": regular.
Indicação: a partir de 6 anos.

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