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Cinema

Novo cinema do Conjunto Nacional quer arrecadar R$ 500 mil para ser inaugurado

Cine Marquise, em SP, teve obras paralisadas com endurecimento da quarentena e perdeu patrocínios

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São Paulo

O Cine Marquise estava prestes a abrir as portas ao público e retomar a tradição dos cinemas do Conjunto Nacional, em São Paulo, mas a pandemia impediu que o plano corresse conforme o planejado.

Antes marcada para março, a inauguração do espaço ao público agora depende da melhoria dos dados relativos à pandemia de Covid-19 no estado. Em meio à fase mais restritiva do plano de quarentena estadual, as obras da reforma do espaço foram interrompidas —faltavam apenas 10% para a conclusão.

O novo cinema do Conjunto Nacional, que lançou uma campanha para arrecadar R$ 500 mil - Divulgação

O projeto inclui, além das salas de cinema, o café Cheirin Bão, que foi aberto em meados de fevereiro, mesmo com as salas de cinema ainda em obras. Mas, devido ao endurecimento da quarentena, o café também foi fechado e agora funciona apenas via delivery.

Um dos espaços cinematográficos mais tradicionais de São Paulo, o Cine Marquise deve ocupar o lugar do antigo Cinearte, que foi fechado em fevereiro de 2020, após o fim do patrocínio da Petrobras, no início de 2019.

Nesse cenário de incertezas, em que diversos endereços estão fechando as portas em São Paulo, o cinema perdeu alguns dos patrocinadores e agora lançou uma campanha virtual na tentativa de arrecadar R$ 500 mil —a verba será destinada para o termino da reforma e para a manutenção dos empregos dos profissionais envolvidos no projeto.

“O lugar estava bem cuidado, mas precisava de uma remodelação para tempos atuais”, conta Marcelo Lima, diretor do grupo Tonks, que está a frente do cinema.

Lançado na última sexta-feira, dia 19, a campanha arrecadou, até agora, tímidos R$ 1.340. Lima afirma que é mais difícil divulgar a campanha de um local que ainda não abriu do que fazer uma vaquinha para um espaço que já existe e funciona, com clientes acostumados com o local e seus serviços. Mas, mesmo assim, ele espera arrecadar meio milhão de reais em dois meses.

Quem decidir colaborar com o projeto poderá ter o nome gravado dentro do cinema e ganhar uma carteirinha permanente para assistir a filmes até o final do ano que vem sem pagar mais nada.

A ideia é que as salas de cinema tenham poltronas de couro semi-VIPs, ou seja, mais confortáveis que as tradicionais, mas que não reclinam. Também terá tela importada perolizada e som imersivo. Além disso, o novo projeto prevê que o local consiga receber campeonatos de games. De acordo com Lima, as salas de cinema foram projetadas para se adaptarem a eventos em poucas horas.

Interior da sala 1 do Cinearte, no Conjunto Nacional, que funcionava no espaço que deve ser ocupado pelo Cine Marquise - Divulgação