Nesta quarta-feira (19), a exibição de "Parasita", às 21h30, na sala 1 do Cinearte, marca a última sessão de cinema de um dos cinemas mais tradicionais do circuito.
Com duas salas, o cinema estava sem patrocinador desde que a Petrobras não renovou o contrato no início de 2019, por orientação do governo Bolsonaro.
Localizado no interior do Conjunto Nacional, um dos endereços mais nobres da cidade, o cinema de rua foi inaugurado em 1963, na época, com o nome Cine Rio. Fechou pela primeira vez em 1978. Quatro anos mais tarde, voltou já com o nome Cine Arte 1, dirigido por Dante Ancona Lopez. Em 1998, Adhemar Oliveira, que também administra os cinemas da rede Espaço Itaú, passou a conduzir o cinema, que já se chamava Cinearte. Nestes 22 anos, teve patrocínio no nome em três ocasiões: Cine Bombril, Cine Livraria Cultura e, até março de 2019, Cinearte Petrobras.
A sala 1, com 300 lugares, e a 2, com 100 lugares, serão desativadas hoje, assim como o Café Scada, que funciona no hall do subsolo, ao lado da entrada da sala principal —outras unidades do café continuam em atividade ao lado dos cinemas Espaço Itaú - Pompeia e Espaço Itaú - Frei Caneca. No encerramento da programação, além de "Parasita", longa sul-coreano vencedor do Oscar de melhor filme, a sala 2 exibe "Jojo Rabbit", às 18h30, e "Judy", às 20h30.
Outro cinema de rua na região da avenida Paulista passou por situação semelhante no ano passado, quando a Caixa Econômica Federal deixou de patrocinar o Belas Artes. O complexo chegou a anunciar que encerraria as atividades, no entanto, em maio, a marca de cerveja Petra, do grupo Petrópolis, passou a bancar os "naming rights" do cinema.
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