Veja cinco maneiras de ser 'cringe' em SP, como ir ao Hopi Hari ou fazer um curso de 'Harry Potter'
De calça skinny com Sandy & Junior nos ouvidos, saiba como ser aquilo que a geração Z acha ridículo
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Em inglês, "cringe" é um verbo. Em português, virou adjetivo. Apesar de ser usado com certa frequência entre a geração Z, foi só na semana passada que a palavra foi disseminada nas redes sociais com usuários em polvorosa a fim descobrir o significado do termo —a ponto de ser "cringe" falar sobre "cringe".
A definição não é tão fácil quanto parece e não pode ser resumida apenas a termos em português como “vergonha alheia” ou “mico”. A palavra está mais relacionada a atitudes constrangedoras, mas que as pessoas não veem assim e não percebem que estão passando ridículo. Para facilitar a explicação sobre o termo, é mais fácil dar exemplos do que é ser "cringe", já que o termo também é empregado em situações consideradas rotineiras, como dizer "litrão” ou “pagar um boleto”.
Basicamente, tudo aquilo que os maiores de 25 anos fazem —e achavam normal— pode ser classificado como cringe. Ouvir Sandy & Junior? É "cringe". Usar Facebook? "Cringe". Seguindo a lógica, postar a letra de alguma música de Sandy & Junior, cheia de emojis num post do Facebook seria, basicamente, explodir o cringerômetro.
Mas, a lista de atitudes é bem ampla. Por isso, é mais fácil abraçar o rótulo e se assumir.
O roteiro a seguir reúne cinco maneiras de ser bem "cringe" em São Paulo. Para isso, separe sua calça skinny, tire a sapatilha de ponta redonda do armário e não se esqueça das hashtags para os posts no Facebook.
Disney brazuca
Amar a Disney está na lista "cringe", mas, como viajar para os Estados Unidos ficou quase que impossível com as fronteiras fechadas para brasileiros em meio à pandemia e o dólar a quase R$ 5, o jeito é se adaptar. Quem não tem Mickey caça com Hopi Hari, o parque de diversões localizado em Vinhedo, a cerca de 70km de São Paulo.
O parque temático se autointitula um país fictício e conta com bandeira, capital e até mesmo um idioma próprio. Por ali, há um longo protocolo de segurança a ser seguido pelos visitantes, como uso da máscara, distanciamento social demarcado no chão e usar álcool em gél nas mãos antes e depois de todos os brinquedos —que também são higienizados após o uso.
Rod. dos Bandeirantes, km 72, Vinhedo (SP), tel. (11) 4210-4000. hopihari.com.br.
Wingardium Leviosa
O bruxo criado por J. K. Rowling também entra nesta seara. Aos nostálgicos (aliás, ser nostálgico também é "cringe") que quiserem assistir aos nove filmes da saga, é preciso alugar os longas pelo AppleTV+ —cada um custa R$ 7,90. Para quem não quiser pagar mais de R$ 70 para maratonar os filmes, eles serão incluídos no catálogo da HBO Max, que desembarca no Brasil na semana que vem, no dia 29 de junho.
O bruxinho com uma marca na testa que se tornou um fenômeno entre os jovens dos anos 2000 também é tema de um curso no MIS, que acontece do dia 12 a 23 de julho. As quatro aulas online têm como objetivo decifrar os enigmas filosóficos, sociais e mágicos da história de Harry e serão ministradas pela jornalista Cláudia Fusco. Os interessados em saber mais sobre o bruxo terão que desembolsar R$ 120.
Harry Potter: Magia, Memória e Amor. De 12 a 23 de julho. R$ 120. mis-sp.org.br
Sexteto nem tão amado
Assim como “Harry Potter”, outro título que também será disponibilizado na HBO Max e também é classificado como "cringe" é “Friends”. Sim, o sofá, o café, as paredes roxas, tudo isso é vergonhoso. Mas, isso não significa que o seriado não cultive até hoje uma legião de fãs. Eles existem, são milhões deles, todos "cringes", segundo a nova modinha.
No fim de maio, o tão esperado reencontro do elenco foi ao ar nos Estados Unidos. Por aqui, o episódio será disponibilizado junto às antigas temporadas da série. No novo especial, nada foi roteirizado e trata-se de um grande reencontro em que o sexteto visita o set onde a sitcom era filmada, comenta sobre o passado e relembra os capítulos favoritos.
Despertar de barriga vazia
Além de filmes, séries e roupas, outra coisa classificada como "cringe" pela geração Z é o hábito de tomar café da manhã. Aparentemente, a ideia de levantar da cama e se alimentar é incabível.
Para aqueles que não perpetuam da ideia de viver num jejum intermitente até a hora do almoço, uma opção é experimentar os cafés do The Coffee, a franquia de minicafeterias de Curitiba tem uma decoração minimalista com bebidas em embalagens bonitinhas —perfeito para unir duas coisas "cringes" de uma só vez: o café e um post cheio de hashtags e emojis.
Em São Paulo, as lojas da franquia que ocupam até 5 m² e têm uma fachada luminosa, estão presentes em três endereços: Pinheiros, Vila Olímpia e na Consolação. Se for, não esqueça o cartão, porque dinheiro por lá é "cringe" —ou quase isso, pois o local não aceita cédulas e o pedido é todo feito via tablets.
Consolação: R. Antônio Carlos, 413. Pinheiros: r. Pinheiros, 466. Vila Olímpia: r. Ministro Jesuíno Cardoso, 538. Instagram: @_the_coffee_
Bora tomar um litrão?
Outra bebida que causa polêmica entre a geração Z é o bom e velho litrão. Na verdade, para eles, o problema não é beber uma cerveja entre amigos. Até aí, tudo bem. O problema mesmo é dizer “litrão”.
Para quem vai continuar dizendo litrão por aí, a dica é visitar o Copanzinho Bar, uma opção em meio a pandemia, já que os clientes podem tomar sua cerveja ao ar livre, no centro de São Paulo.
Para quem ainda não está frequentando restaurantes e segue as orientações de ficar em casa, já que a pandemia parece longe de dar uma trégua, uma dica é pedir um litrão pelo aplicativo Zé Delivery, que chega geladinho em casa.
Copanzinho - Av. Ipiranga, 318 (aos fundos do bloco C)