Faz quatro anos desde que Pabllo Vittar conquistou seu lugar na constelação de estrelas pop brasileiras. Em 2017, o cenário musical do país já era dominado pelo pop e pelo funk, quando a cantora ganhou o mainstream com seu primeiro grande hit, "K.O.".
De lá para cá vieram sucessos, mais de 11 milhões de seguidores no Instagram e o título de drag mais seguida do mundo –maior até que RuPaul, ícone das performers. Agora chega o seu quarto álbum de estúdio, "Batidão Tropical", que será lançado nesta quinta (24).
Não foram só a maquiagem e as perucas do começo da carreira que tiveram um "upgrade" –com a carreira mais que consolidada, Vittar já lançou músicas com Anitta, Luísa Sonza, Emicida, o americano Diplo e a mexicana Thalía.
O disco será lançado em plataformas digitais, como Spotify e Deezer. A cantora também realiza um encontro online, a partir das 21h desta quinta (24), em seu perfil no Twitter (@pabllovittar). Ela estará conectada ouvindo as faixas e comentando uma a uma com os fãs. Será possível acompanhar na página do evento.
Ainda não há notícias sobre uma versão física do novo projeto. Antes de dar o play em “Batidão Tropical”, veja tudo o que se sabe sobre o novo álbum e como ele deve se conectar à carreira de Pabllo Vittar.
O que esperar do ‘Batidão Tropical’?
O terreno para o lançamento do disco começou a ser preparado no dia em que Vittar se apresentou na casa do BBB21. No palco com Preta Gil, a cantora anunciou que estava noiva. Ainda durante a apresentação, Vittar cantou versos que, até então, ninguém conhecia —mas que acabaram se revelando o refrão do single que abriria as portas para o novo álbum.
Não demorou para que fotos da drag com vestido de casamento surgissem na internet, escancarando a ação de marketing para promover a nova música, "Ama Sofre Chora". Nela, Vittar canta que "piranha também chora".
Como o título do álbum sugere, o “Batidão Tropical” deve trazer ainda mais referências brasileiras, como o forró no refrão de “Seu Crime” e a pisadinha de “Clima Quente”, de álbuns anteriores. Isso reflete a parceria da cantora com o produtor Rodrigo Gorky, que trabalha com Vittar desde o início da carreira.
Para preparar os fãs para o lançamento, Vittar tem dado dicas sobre as faixas em seu perfil no Twitter. Apesar de os títulos das canções ainda não terem sido divulgados, a cantora descreveu cada música com dois emojis.
Os singles
A primeira aposta do álbum, “Ama Sofre Chora”, acumula quase 10 milhões de reproduções no Spotify e pouco mais de 16 milhões de visualizações no clipe no YouTube. Os números ainda são tímidos em comparação a outros singles de Vittar, como “Amor de Que” e “Parabéns”, do disco “111”, com clipes que, juntos, já passaram das 250 milhões de visualizações na plataforma de vídeos.
Nesta segunda, dia 21, a equipe da cantora anunciou que os fãs poderiam encontrar o título do próximo single no shopping Center 3, na avenida Paulista, em São Paulo, e na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Nos dois pontos, foram encontrados letreiros com os dizeres “Triste com T”. O clipe da música será lançado nesta sexta, dia 25, no dia seguinte ao lançamento do disco.
Influências musicais
As referências a ritmos tipicamente brasileiros tiveram início timidamente com “K.O.”, de 2017, que possui uma sonoridade que lembra o forró, e foram evoluindo para faixas como “Eu Vou”, de 2020.
Segundo Vittar, uma inspiração para sua carreira vem da banda paraense Companhia do Calypso, que ficou famosa no início dos anos 2000. O bordão "e o que? " –ou “yukê?”, como escrevem seus fãs– é uma referência a um grito da vocalista Mylla Karvalho. Nos shows da banda, a cantora usava esse "chamado" para pedir que os fãs cantassem junto.
O pop internacional também é referência para Vittar. A banda de k-pop Blackpink, por exemplo, inspirou a criação da coreografia de “Bandida”, do ano passado. No mesmo vídeo, uma das perucas usadas por Vittar fez uma alusão a um visual usado pela rapper Cardi B. Ao ver a comparação, a americana declarou que amava a drag queen brasileira.
Últimos lançamentos
A expectativa em torno do segundo álbum de Vittar não era baixa. Em 2018, foi lançado o “Não Para Não”, disco que mergulha ainda mais fundo nas referências regionais —a drag queen nasceu em São Luís, no Maranhão.
Deste trabalho, saíram faixas como “Problema Seu” e “Disk Me”, uma das primeiras baladas da cantora. Foi nesse disco também que Vittar começou a atrair participações especiais para as próprias produções: Ludmilla e Dilsinho emprestaram suas vozes ao disco, por exemplo.
Em 2019, ela já tinha se firmado no cenário pop brasileiro e decidiu seguir os passos de Anitta, tentando se arriscar no mercado internacional. O primeiro single do álbum “111” foi a música "Flash Pose", cantada em inglês e com participação da cantora indie britânica Charli XCX.
O disco, lançado pouco depois do início da pandemia, tem faixas em inglês, espanhol e português e ainda conta com as vozes de Ivete Sangalo e Thalía —sim, a famosa Maria do Bairro, da novela mexicana exibida infinitamente pelo SBT.
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