Harry Potter inspira novo escape room em SP, em que jogadores viram bruxos com varinhas

Jogo O Amuleto Mágico, da franquia Escape Hotel, faz referências à saga com feitiços e magia

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São Paulo

Um homem com um chapéu de bruxo, roupas pretas e capa surge de uma porta e fala a um grupo de pessoas que um tal lorde do mal dividiu a alma dele em sete fragmentos, colocando assim o mundo bruxo em perigo.

Cabe a essas pessoas, estudantes de uma escola de magia, descobrir onde está o sétimo pedaço para destruí-lo e salvar a todos. A história é igualzinha à da saga "Harry Potter", fazendo referências ao vilão Voldemort e o desfecho da história. E é também o enredo de uma nova sala do Escape Hotel.

Participantes na sala O Amuleto Mágico, do Escape Hotel, inspirada em 'Harry Potter' - Divulgação

Batizada de O Amuleto Mágico, ela está em funcionamento desde o início do mês na unidade de Pinheiros da rede de escape rooms, esses jogos em que as pessoas são colocadas em um espaço fechado e precisam descobrir como sair de lá. A nova atração foi criada para atrair os fãs do universo criado por J.K. Rowling.

As referências ao mundo do bruxo estão no enredo e na decoração. Para começar, a equipe de jogadores entra em uma sala decorada como se fosse um castelo. As paredes são cobertas por quadros de bruxos, livros, tochas, gárgulas e um caldeirão, que depois será usado para destruir o tal amuleto.

Dois quadros com avisos aos alunos dão as primeiras dicas para descobrir como sair daquele ambiente. É preciso colocar em ordem algumas taças do torneio das casas da escola de bruxaria e de jogos de quadribol —nome de um esporte bruxo, famoso na saga.

A partir daí, surgem enigmas e charadas que fãs de Harry Potter logo vão perceber a relação com os filmes e livros da franquia. O tal fragmento da alma do lorde das trevas, por exemplo, remete às horcruxes, termo criado pela escritora inglesa que é fundamental para os últimos livros escritos por ela.

É preciso usar varinhas, dizer nomes de feitiços, descobrir pistas em bonecos de corujas e em quadros com a imagem de magos. Contar mais do que isso já seria spoiler, já que a graça do jogo é descobrir por conta própria como escapar da sala em até uma hora.

Embora tudo ali lembre o universo de Harry Potter, nada é oficialmente de Harry Potter —o Escape Hotel não pode usar nada oficial da saga, pois não detém os direitos autorais. Este não seria o primeiro estabelecimento na capital paulista a evitar se envolver com problemas com a Warner Bros., detentora da marca.

É o caso, por exemplo, do restaurante e bar temático Vassoura Quebrada, que teve que mudar de nome quando foi inaugurado, há quatro anos, a pedido do estúdio, por usar um termo da franquia.

Ainda assim, novos restaurantes, bares e jogos como este continuam a surgir inspirados no universo do bruxo que marcou uma geração, mesmo duas décadas e meia depois da publicação de "Harry Potter e a Pedra Filosofal", o primeiro livro. Mas boa parte deles contornam os detentores de direitos e criam verdadeiros espaços de Harry Potter sem Harry Potter, mas com muitas referências a Harry Potter.

No caso do escape room, é preciso fazer reserva com antecedência. O local comporta de duas a dez pessoas —quanto mais jogadores, mais fácil é desvendar as pistas. Também fica mais barato. Os preços partem de R$ 99 por pessoa. Quanto maior o grupo, porém, maior o desconto.

Há ainda outra versão do jogo. Depois de passar por uma crise provocada pela pandemia de Covid-19, as salas de escape precisaram se adaptar às novas rotinas e adotar medidas de distanciamento social. Foi aí que surgiram as versões online da brincadeira.

A opção digital de O Amuleto Mágico é transmitida ao vivo, por vídeo, e custa R$ 550 para o grupo, que pode ter até dez pessoas. Cada participante brinca de casa, com a ajuda do mesmo ator fantasiado de bruxo, que dá as boas-vindas na versão presencial. Mas aí, é claro, perde um tanto da magia.

Escape Hotel

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