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Horto Florestal inaugura área de alimentação, mas cobra por museu após gestão privada

Parque na zona norte de SP é gerenciado desde abril pela mesma empresa que cuida do Ibirapuera

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São Paulo

O Horto Florestal está diferente. Quem visitou o local nos últimos meses logo repara num espaço de alimentação que não existia, com carrinhos que vendem comidas e bebidas e food trucks com opções de lanches como pastel e hambúrguer.

Além disso, um bufê de café da manhã é servido aos sábados e domingos num casarão que já serviu de residência de verão dos governadores paulistas.

Horto Florestal, na zona norte de São Paulo, depois da concessão - Gustavo Ferraz/Divulgação Urbia

As mudanças são consequência da privatização da gestão do espaço, em abril deste ano. Frequentado principalmente por moradores da zona norte, o parque foi concedido à empresa Urbia, assim como o Cantareira e o Ibirapuera.

Entre uma caminhada e outra, é possível observar funcionários que fazem a limpeza com mais frequência do que antes. Mas, apesar da melhoria nesse quesito, alguns banheiros estavam sem portas ou com cabines quebradas e sem papel higiênico durante a visita da reportagem. A Urbia afirma que foi um problema pontual.

Um novo portão agora também dá acesso direto ao parque da Cantareira, seu vizinho, para quem quer esticar o passeio. Foram instalados ainda um ambulatório e uma tenda que abriga atividades gratuitas como aulas de ioga e de zumba.

Mas, assim como ocorreu com o Cantareira, a mudança também foi sentida no bolso. Apesar de o parque ter entrada gratuita, o público viu serviços passarem a ser cobrados —são os casos do estacionamento, que agora custa R$ 10, e do Museu Florestal, que tem entrada de R$ 15.

O diretor da Urbia, Samuel Lloyd, justifica a cobrança ao dizer que o museu passou por uma reforma e que houve ampliação do horário de funcionamento para os fins de semana. "Tem seus prós e contras, mas tenho certeza que R$ 15 não vai fazer tanta diferença no orçamento."

Já o estacionamento foi terceirizado e pavimentado. Os valores arrecadados, afirma o diretor, serão usados em obras no parque. O passeio pode ficar mais caro para quem optar por fazer uma nova visita guiada em carros elétricos, ao preço de R$ 15, ou brincar no circuito que inclui cama elástica e pula-pula, com tíquetes a partir de R$ 7.

Horto Florestal oferece bufê de café da manhã em antigo casarão - Gustavo Ferraz/Divulgação Urbia

Nos nove primeiros meses do ano, o Horto recebeu 1 milhão de visitantes. "Chegamos a receber 20 mil pessoas num dia, o que era uma projeção para daqui a dois ou três anos. O Horto é uma joia, mas pouca gente ainda o conhece o potencial que ele tem."

A videomaker Clara Zamith, que tem 32 anos e visita o endereço desde os cinco, diz ter notado melhorias na sinalização e na organização, mas avalia que faltam iniciativas para a preservação da natureza. "O Horto sempre foi um lugar bem cuidado. Ainda não vi essas iniciativas prejudicarem o parque, mas acredito que a prioridade deveria ser a preservação da fauna e da flora."

Com 73 hectares de áreas abertas à visitação, o Horto é uma unidade de conservação tombada, ou seja, deve ser preservada a mata atlântica, seus lagos e a fauna, como os patos e capivaras que moram por lá e passeiam tranquilamente entre os visitantes.

Horto Florestal

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