Enrico Vicenzo caminha entre a vegetação e, como um paleontólogo, aponta com precisão cada dinossauro que surge à sua frente. Ali está um tiranossauro, um iguanodonte, um estegossauro, um triceratops e um pterossauro —que, a rigor, não é um dinossauro.
Aos cinco anos, o menino fala os nomes dos bichos antes das explicações dos monitores do Canto dos Dinossauros, novo parque temático aberto no mesmo complexo onde funciona o restaurante Canto da Mata Forneria, em Osasco, na Grande São Paulo.
Dinossauros andam na moda em São Paulo, e o local é mais um que oferece experiência imersiva para crianças sobre os gigantes que já habitaram a Terra. O parque foi montado em uma espécie de bosque, com efeitos sonoros que deixam a impressão de passear por uma floresta, mesmo que a gente esteja numa região movimentada de cidade.
O passeio começa em um espaço com mesas e brinquedos onde são distribuídos capacetes de proteção que servem mais para as crianças se sentirem em uma aventura do que de fato para a segurança delas e dos pais, que podem acompanhar o percurso completo —e tirar fotos, é claro.
Depois de devidamente uniformizada, a turma inicia o passeio por uma trilha. A cada parada, é possível ver, tocar e clicar réplicas de diferentes espécies de dinossauros em tamanho reduzido, além de conhecer características físicas, hábitos alimentares e outras curiosidades a respeito dos animais.
Essa parte educativa é responsabilidade dos monitores, dos painéis dispostos ao longo do trajeto e de brincadeiras, que acabam ensinando sobre paleontologia e a importância da preservação ambiental.
Entre esses jogos estão um labirinto, uma ponte de obstáculos e uma caixa de areia com peças de gesso que simulam ossos de dinossauros, que devem ser encontradas e pintadas no fim do percurso.
Mas o ponto alto mesmo é o tiranossauro rex de 4,5 metros de comprimento, que gera frisson nos visitantes e nos celulares prontos para alimentar as redes sociais. Mas não foi o caso de Vicenzo, que gostou mesmo da ponte com cordas e elásticos que dificultam a passagem, fazendo com que as crianças precisem abaixar e pular para completar o caminho. "É igual em 'Jurassic World'", diz ele sobre a franquia de filmes.
Enquanto o menino saiu do passeio com um sorriso no rosto, as crianças mais velhas do grupo e os pais pareciam menos impressionados com o roteiro. No caso dos adultos, depois de verem seus filhos virarem paleontólogos aventureiros por cerca de 50 minutos, eles ainda tiveram que abrir a carteira —depois dos dinos, a segunda aventura das crianças foi explorar a loja de produtos temáticos.
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