A cantora carioca Mart’nália, 50, filha de Martinho da Vila, faz show de encerramento da sua turnê do DVD/CD “Mart’nália em Samba!”, neste sábado (4), no Tom Brasil.
“Essa foi a primeira vez que eu fiz um disco de samba puro”, diz ela ao “Guia”.
Nele, ela transita por diferentes tipos de sambas e revê marcos de sua carreira, a exemplo de “Cabide” e “Pé do Meu Samba”. A direção do show fica a cargo de seu pai.
“Ele é a pessoa mais democrática que eu conheço. Ele foi o que ele é comigo como pai, só que dessa vez, profissionalmente”, brinca.
Em estúdio, ela está fazendo experimentações para um novo disco que deve ser lançado ainda neste ano.
“Estamos sem previsão, mas a princípio vai se chamar Misturado, a ideia toda é da mistura. Nele, vai ter tudo que ficar gostosinho pra eu cantar e ficar a vontade”, comenta.
Confira entrevista com a cantora.
O que podemos esperar de diferente neste show?
As coisas diferentes devem acontecer. Mas é mais na hora mesmo. Às vezes uma pessoa pede uma música que não tem nada a ver e ai eu paro tudo e toco. Esse show já circulou bastante, já teve as mudanças dele. Do DVD pra cá muita coisa mudou, a estrada vai fazendo isso.
A turnê começou em 2014. Qual o balanço que você faz desse processo, agora que ele chega ao fim?
Foi maravilhoso, foi bacana, trouxe muita alegria. Esse disco foi feito para as pessoas cantarem e não só pra elas escutarem a minha voz. Muitas pessoas estranharam porque eu nunca tinha feito um disco só de samba, mas a arte é feita assim mesmo, não podemos ficar presos a uma coisa só, a gente tem que arriscar e levar alegria.
Você tem alguma música preferida das que aparecem no repertório?
“Pra Que Chorar”, de Vinicius de Moraes e Baden Powell, essa foi a primeira que eu me lembrei agora de cabeça. Esse e todos os outros sambas foram selecionados pelo meu pai e por mim. Ele escolheu uns que ele me viu cantar a vida inteira. Algumas músicas que antes estavam no repertório saíram, porque não dá pra cantar tudo, é música pra caramba.
Quais são os seus próximos passos?
Eu estou preparando um disco novo em estúdio, que, a princípio, deve se chamar "Misturado" e sair ainda neste ano. A ideia toda é a da mistura. Eu estou recebendo músicas e estou vendo o que vai ficar legal, não tem coisa que não seja inédita. Já estou agora no estúdio, fazendo experiências.
Espero só regravar o meu pai, porque eu sempre gosto de pegar alguma coisa antiga dele, que não fez muito sucesso ou que nem todo mundo conheça. No disco vai ter tudo que ficar gostosinho pra eu cantar e ficar à vontade.
colaborou VICTORIA AZEVEDO
12h43
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