Em "O Menino Mais Rico do Mundo", em cartaz no Ágora Teatro (centro de São Paulo), Danilo Dalfarra interage com a plateia e solicita seus comentários em momentos acertados.
O ator mostra também desempenho no papel solo de um catador de papel ao representar um dia na vida de João, pré-adolescente em situação de rua.
- Show do Peixonauta mostra aventuras do peixe que é agente secreto
- Estreia da cia. Truks mostra sanatório com loucos famintos
- "Guia" indica mais de 90 atrações para curtir as férias em SP
- Animação "Era do Gelo 4" estreia em 1.010 salas; veja 26 fotos e trailer
Isso coloca o espetáculo no limiar entre a contação de histórias e o monólogo teatral. Dalfarra está sozinho no palco, e o tema da peça são as sensações de João diante da cidade por onde vagueia com a sua carroça.
A direção de Bete Rodrigues provoca em todos os aspectos esse jogo no teatro. Como narrador, por exemplo, o personagem se comunica com o público. Como ator, revela o mundo interior do protagonista.
Outro exemplo: a carroça de João é feita de papelão reciclado, o que já mostra a metamorfose do material que cata para ganhar a vida, ao mesmo tempo em que revela utilidades imprevistas para a sucata.
No decorrer das cenas, a brincadeira se multiplica. Como ator, Dalfarra incorpora um menino feliz, apesar da condição social em que se encontra: acordar, trocar o que vendeu para reciclagem por alimento, distrair-se com passarinhos ou buzinas de carro.
O espetáculo é indicado para crianças a partir de 6 anos.
Comentários
Ver todos os comentários