Esparramados em um sofá de couro, amigos conversam e bebericam cervejas em garrafas long neck, enquanto casais dividem porções e tomam drinques. O ambiente é escurinho, e a lanterna do celular se faz necessária para quem quer ler o menu da casa. Do outro lado do mezanino, um trio de jazz cria a trilha sonora da noite. Nem parece, mas esta é uma segunda-feira.

É verdade que o embate pelo título de dia mais deprê da semana é disputado, com bons argumentos dos dois lados, entre os domingos e as segundas-feiras. Mas para quem gosta de sair à noite para tomar uma, as noites de segunda ganham de lavada. Este é, afinal, o tradicional dia de folga do pessoal que trabalha no setor, o que faz com que muitos bares e restaurantes mantenham as portas fechadas no dia.

Muitos, sim. Mas não todos. É o caso do Fechado, com sofás de couro e salão escurinho. Aberta no finzinho de maio, a casa combina café, bar e restaurante na região da Consolação, no centro de São Paulo.

Dá para passar o dia inteiro ali, já que o local abre às 8h, com menu de café da manhã, serve almoço e, à noite, conta com petiscos e drinques, entre coquetéis clássicos e autorais. A carta é da dupla Jean Ponce e Alice Guedes, do Guarita. Já o menu de comes, de Greg Caisley, também do Guarita —que, aliás, também abre nas noites de segunda.

Nas noites de segunda-feira, o espaço recebe músicos para embalar o público ao som de jazz. Paga-se um couvert de R$ 40, que dá direito a uma taça de vinho ou a um copo de fitzgerald. Depois, dá para pedir drinques como o Nativo (R$ 38), feito com bourbon, vermute tinto, bíter, gotas de pimenta e clara de ovo pasteurizada, e beliscar receitas como a coxinha de frango com molho de Catupiry (R$ 24 com quatro unidades).

Além do Fechado, outros bares recebem o público no dia. O clássico Bar do Luiz Nozoie, no Bosque da Saúde, é um dos que bombam, por exemplo. Conheça, a seguir mais quatro endereços em São Paulo abertos nas noites de segunda-feira.

Los Perros
O sommelier Fabiano Aurélio define sua casa como um boteco de vinhos. Por ali, é possível tomar a bebida em garrafa ou taças e petiscar itens como as croquetas de jamon (R$ 29 com seis unidades), inclusive às segundas-feiras.
R. Bela Cintra, 806, Consolação, região central, Instagram @losperros.boteco Seg. e ter., das 17h às 23h30; qua., das 17h às 24h; qui. e sex., das 16h às 0h30; sáb., das 17h às 0h30

Santana
Em Pinheiros, a casa leva o sobrenome do bartender Gabriel Santana. A especialidade são os drinques e, acredite, não faltam bebidas para provar: a carta atual traz dez receitas autorais e 74 clássicas, além de uma seção batizada de Intocáveis, com criações queridinhas do público. Uma sugestão é o Melhor da Noite, com bourbon, framboesa, beterraba, limão taiti e coco (R$ 44).
R. Joaquim Antunes, 1.026, Pinheiros, região oeste, Instagram @_santanabar. Seg. a sex., 17h às 23h; sáb., 14h às 23h; dom., 14h às 20h

Trilha
Misto de loja e bar, o endereço é a casa da cervejaria Trilha. São 12 torneiras engatadas com chopes de fabricação própria, como é o caso da Melonrise, uma juicy ipa frutada (R$ 24 com 350 ml). O pessoal se espalha pela calçada, em cadeiras de praia e banquetas, com copos e latas em mãos enquanto belisca itens como amendoim —mas o delivery está liberado para quem quiser pedir algo de fora.
R. Apinajés, 137, Perdizes, região oeste, Instagram @trilhacervejaria. Seg. e ter., das 11h às 22h; qua. e qui., das 10h às 22h; sex. e sáb., das 10h às 23h; dom., 10h às 22h

Trinca
Novidade no Baixo Pinheiros, o bar é especializado em vermutes —vinho fortificado e aromatizado com especiarias, que serve de base para drinques como o rabo de galo e o negroni, mas também pode ser tomado puro. A casa tem três torneiras com vermutes artesanais, cada um por R$ 25,90 (puro, com tônica ou água com gás), além de rótulos importados. Também serve drinques e um menu de petiscos para compartilhar.
R. Costa Carvalho, 96, Pinheiros, região oeste, Instagram @trincabar. Seg. a sáb, a partir das 18h. Fechado na última segunda-feira do mês