Santana se firma como polo gastronômico da zona norte; saiba onde comer no bairro de SP

Veja roteiro com restaurantes, hamburguerias, cafés e padarias artesanais

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São Paulo

Espalhados por ruas residenciais com chão de paralelepípedo e entre prédios altos no topo de ladeiras, restaurantes, bares e cafeterias em Santana ajudaram a transformar o bairro no principal polo gastronômico da região norte.

Segundo levantamento da Abrasel-SP (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), o polo concentra 1.022 estabelecimentos do setor alimentício, o que faz dele o quarto maior da cidade.

Pizzas e crostini servidos na pizzaria Salt ZN, em Santana - Folhapress

Um dos responsáveis a popularizar a gastronomia no bairro é o grupo Mozzafiato, que abriu negócios na região ao longo de 40 anos. Ele foi fundado pela família do chef Diego Sacilotto, campeão do MasterChef Profissionais.

O primeiro restaurante, Sargento Garcia, está aberto desde 1984. Depois, vieram as pizzarias Meime e Pizza e Pizzas. Sacilotto começou trabalhando no negócio do pai, ainda novo, até virar chef e abrir seus próprios restaurantes, que se fundiram ao grupo.

São eles o Seu Manuel, La Crosta e o novo Bocca Cucina. Com decoração elegante, segue a culinária italiana clássica, com massas feitas por lá, como o rigatoni à matriciana, com molho de tomate, bacon e burrata (R$ 77).

O chef inaugura nos próximos meses outros projetos: o argentino Martin Carbon, uma rotisseria e confeitaria, uma lanchonete e uma pizzaria.

Sacilotto diz que recebeu propostas de abrir restaurantes em outros bairros, mas todas foram negadas. "Nunca pensei em sair daqui. É uma forma de retribuir o que a zona norte fez pela minha família. Somos muito bairristas."

Um outro grupo comanda diferentes casas na região, o Salt. Criado por dois sócios que nasceram no bairro, tem no portfólio a pizzaria Salt ZN, a hamburgueria Salt Burger e a mais recente Salt Bakery. Numa casa de esquina, o café virou point para brunch, com receitas como panqueca e geleia de frutas vermelhas (R$ 34,90).

Os sócios tampouco pretendem abrir negócios em outros locais. "As pessoas estão entendendo que a zona norte tem seu valor e seu público. A região cresceu, mas tem espaço pra muita coisa boa ainda", diz Pedro Antonelli.

As casas do Salt ficam na rua Augusto Tolle, que concentra outras opções gastronômicas, como a Gallette Chocolates. Dá para provar barras e bombons como o de jabuticaba, por R$ 6,90. Outra opção de sobremesa ali perto é a Dezato Gelato, que vende sorvetes artesanais de sabores como bolo de cenoura por a partir de R$ 17.

A via é endereço de um dos nomes mais tradicionais da zona norte, o Bar do Luiz Fernandes. No bairro desde 1970, a casa vive movimentada com clientes atrás das batidas (R$ 11) e petiscos como o famoso bolinho de carne (R$ 6).

Outro restaurante tradicional é a Casa Garabed, árabe dos anos 1950. Fica escondido na garagem de uma rua residencial, e da calçada dá para sentir o cheiro das esfihas assadas em sabores como pernil de cordeiro (R$ 21,20).

Virou ponto turístico o Lassú, no 28º andar de um prédio com vista panorâmica da cidade. Quando surgiu, em 2019, a cozinha italiana chamou a atenção por funcionar sobre uma plataforma giratória.

Os rooftops são beneficiados pelas ladeiras do bairro, que dão uma visão privilegiada do alto. Nessa linha, o restaurante e bar Una fica num sobrado de três andares com terraço. O menu, de comida brasileira, foi criado pela chef Paula Labaki.

As padarias artesanais também têm vez no bairro. Uma delas é a Beiu, que surgiu como um negócio familiar de pães de fermentação natural. As fornadas incluem folhados e receitas sazonais como a babka de calabresa (R$ 27). A padaria funciona no estilo comprar e levar, e os proprietários cumprimentam os clientes, a maioria moradores, pelo nome. A demanda cresceu e um café foi aberto no imóvel do lado.

Já a Nina Farina surgiu de uma observação da dona, Tais Gomes, de que faltavam padarias do tipo na região. Há um ano, ela abriu o espaço numa antiga casa reformada. Os pães e doces são preparados por ela todos os dias —o carro-chefe é o brioche (R$ 31).

Entre outras novidades está o Kimchi Handmade, um dos primeiros restaurantes coreanos na zona norte, que começou como delivery. Um dos pratos típicos é o bulgogi (R$ 56), carne marinada em molho à base de shoyu servida com acompanhamentos.

1 - Bar do Luiz Fernandes
R. Augusto Tolle, 610, Santana, @bardoluizf

2 - Beîu
R. Mal. Hermes da Fonseca, 486c, Santana, @beiupaes

3 - Bocca Cucina
R. Soror Angélica, 21, Santana, @bocca.cucina

4 - Casa Garabed
R. José Margarido, 216, Santana, @casagarabedoficial

5 - Dezato Gelato
R. Augusto Tolle, 279, Santana, @dezatogelato

6 - Gallette Chocolates
R. Augusto Tolle, 245, Santana, @gallettechocolates

7 - Handmade Kimchi
R. Emb. João Neves da Fontoura, 306, Santana, @handmadekimchi

8 - Jullia Pizzaria
R. Francisca Júlia, 465, Santana, @julliapizzaria

9 - La Crosta Forneria
R. Pontins, 52, Santana, @lacrostaforneria

10 - Lassú
Edifício K1 - r. Conselheiro Saraiva, 207, Santana, @lassu_ristorante

11 - Nina Farina
R. Ana Benvinda de Andrade, 42, Santana, @ninafarinapadaria

12 - Nosu
R. Maria Curupaiti, 414, Santana, @restaurantenosu

13 - Salt Bakery
R. Francisca Julia, 680, Santana, @saltbakery_

14 - Salt Burger
R. Augusto Tolle, 175, Santana, @saltburgernbar

15 - Salt ZN
R. Augusto Tolle, 135, Santana, @saltznpizzabar

16 - Una Rooftop
R. Prof. Lourival Gomes Machado, 273, Santana, @unarooftopbar