Para receber uma grande produção, um teatro precisa conseguir abrigar dezenas de atores, instrumentistas tocando ao vivo, cenários que se transformam quase que completamente e centenas de figurinos. Em São Paulo, a Folha elegeu duas casas como as melhores na realização desse tipo de apresentação: o Teatro Bradesco, em Perdizes, e o Santander, na Vila Olímpia.

Uma das maiores produções do ano, "Priscilla, a Rainha do Deserto", escolheu o palco do Teatro Bradesco para realizar sua temporada. Em cena e no saguão do local, havia duas réplicas do ônibus do filme —que ganha o nome de Priscilla na história—, uma usada na apresentação e outra disponível para que os espectadores tirassem fotos. A experiência antes do espetáculo incluía ainda a interação com drag queens, que entretinham o público.

O Teatro Santander também tem recebido várias superproduções. São exemplos deste ano "Tarsila, a Brasileira", em que Claudia Raia faz o papel da artista, e "Elvis - A Musical Revolution", que está em cartaz no momento e fica até dezembro.

No espetáculo, que conta a história do rei do rock, o cenário é preenchido por escadarias de mais de dez metros de altura. Já no musical sobre Tarsila do Amaral, os 415 metros quadrados do palco foram ocupados por reproduções das casas em que a artista morou, vagões de trem usados para suas viagens pelo Brasil e até mesmo um carro.

Em anos anteriores, "A Pequena Sereia" e "Wicked" fizeram atores flutuarem nas águas do oceano e voarem em uma vassoura de bruxa por cima da plateia. O uso de recursos especiais é um dos diferenciais das produções realizadas no Santander.

A acústica ajuda, tanto que o maestro João Carlos Martins já regeu nesse teatro a Orquestra Bachiana Filarmônica Sesi - SP.

Localizado dentro do shopping Bourbon, o Bradesco também costuma abrigar apresentações de artistas da música, provando sua boa capacidade acústica. Christone "Kingfish" Ingram, guitarrista que tocou no Rock in Rio neste ano, fez um show na casa.

Com área de 600 metros quadrados e altura livre de 27 metros, o palco da casa já recebeu "Aladdin, o Musical" e "Cinderella", além de "Turma da Mônica (Era uma vez...)" e "O Circo da Turma da Mônica".Quem vai ao Teatro Bradesco pode escolher entre assentos na plateia baixa e nos camarotes, sem nenhum obstáculo para a visão de palco. Já as frisas e a primeira fileira do balcão superior têm a visibilidade reduzida em alguns ângulos.

Já no Santander, a divisão das poltronas é feita entre plateias VIP e superior, balcões A e B, e frisas. A primeira fileira de cada um dos balcões têm a visão mais reduzida, mas os demais setores têm total visibilidade. Caso os mapas de plateia e as indicações nos sites não sejam suficientes, o espectador também pode contar com um tour virtual.

Na hora da compra das entradas, aliás, cada teatro possui um site próprio, mas usa uma plataforma diferente para efetuar as vendas. No Bradesco, os bilhetes são comercializados na Uhuu, enquanto o Santander usa a Sympla —eleita melhor plataforma de ingressos por este especial.

Com suas particularidades, as duas casas oferecem o melhor de uma experiência de superprodução teatral. A escolha, talvez, fique por conta do espetáculo que estiver em cartaz.

TEATRO BRADESCO
R. Palestra Itália, 500, Perdizes, região oeste. @teatrobradesco

TEATRO SANTANDER
Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, Vila Nova Conceição, região sul. @teatrosantander

*Colaborou Raíssa Basílio.