Localizado a 10 km da avenida Paulista, o Teatro Vivo oferece uma seleção de espetáculos capaz de fazer com que o público cativo de casas do centro se desloque até a Vila Cordeiro, localizada na zona sul de São Paulo.
A curadoria de André Acioli, ator, diretor e produtor que também está na gerência do Teatro Porto, tem levado ao palco peças premiadas e atores reconhecidos, uma combinação que garantiu a vitória da sala na categoria de melhor programação, neste especial.
Em janeiro, esteve em cartaz o espetáculo "Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes", da Cia. Dos à Deux, grupo que já se apresentou em mais de 50 países. A peça, que mistura teatro e dança, arrematou o prêmio Shell de melhor cenário, na cerimônia deste ano.
Em março, os atores Rainer Cadete e Nívea Maria apresentaram "Norma", sobre a relação entre uma mulher que se muda para um apartamento alugado e o antigo inquilino da casa. Dois meses depois, o Vivo recebeu a estreia de "O Estrangeiro_Reloaded", em que Vera Holtz volta a dirigir Guilherme Leme com um novo olhar para a adaptação da obra do escritor Albert Camus.
Entre agosto e setembro, passaram pelo teatro as peças "Memória do Vinho (Per Bacco)", interpretada por Herson Capri e Caio Blat, e "A Aforista", premiada pelo APCA do ano passado, com a curitibana Rosana Stavis. No momento, está em cartaz até 6 de outubro o espetáculo "Prima Facie", com atuação de Débora Falabella, texto da australiana-britânica Suzie Miller e direção de Yara de Novaes.
A profusão de nomes conhecidos pode ajudar a entender como o teatro recebeu 42 mil pessoas em 2023 e 33 mil no ano anterior, mesmo estando bem afastado do centro de São Paulo.
Apesar da distância, a casa é acessível por transporte público. Quem opta por ir de trem precisa andar apenas seis minutos da estação Morumbi-Claro, da Linha 9-Esmeralda da CPTM, contornando o shopping Market Place, que traz opções para o pré e, em seguida, o pós-espetáculo.
Ao entrar no teatro, o visitante descobre uma antessala ampla e iluminada com uma grade de luzes LED que preenche o chão e o teto. Por vezes, a iluminação em meia-luz assume o tom roxo da operadora responsável pelo espaço, escolha exótica que acaba tornando o ambiente intimista e bem diferente de outros foyers.
O espaço conta com um café-bar com opções de aperitivos, bebidas e pratos, e tem uma boa quantidade de mesas e sofás confortáveis para quem quer repousar até o começo da peça.
Ao lado do lounge, uma sala costuma abrigar exposições de arte, mas recebeu recentemente a performance "Eu Sou um Monstro", encenação que fica entre a peça e o happening, que costuma envolver também a participação ativa do público presente.
A sala de teatro, com capacidade para 274 espectadores, é confortável e tem boa acústica. O palco, de 105 metros quadrados, apesar de não ser tão grande, acolhe bem desde monólogos, como "O Estrangeiro_Reloaded", até elencos maiores, como o da comédia "The Money Shot".
Os equipamentos de áudio e luz permitem desenhos sofisticados, como pôde ser visto no sucesso internacional "Tom na Fazenda", de Armando Babaioff, que cobriu o palco de lama e fez com que os espectadores da primeira fileira precisassem usar capas de chuva.
O Teatro Vivo é adaptado para acessibilidade, com rampas na entrada e plataformas elevatórias dentro e fora da sala de exibição. Os números dos assentos são identificados também em braile, e o acesso de cães-guias é permitido mediante apresentação da carteirinha de vacinação atualizada dos animais presentes.
TEATRO VIVO
Av. Dr. Chucri Zaidan, 2.460, Vila Cordeiro, região sul, tel. (11) 3430-1524. @teatrovivosp e vivo.com.br
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