Na eleição de melhores eventos de 2016, os especialistas convidados pelo "Guia" apontaram a apresentação da Orquestra Filarmônica de Viena com regência de Valery Gergiev como o melhor concerto do ano.
Em 2º lugar ficou a apresentação do Quarteto Ebène, seguida por concerto da Osesp com regência de Nathalie Stutzmann.
A Orquestra Filarmônica de Viena se apresentou em março, na Sala São Paulo
A edição de melhores do ano do "Guia", que circula nesta sexta-feira (30), apontou os destaques da vida cultural paulistana em 2016, em 16 categorias. Conheça todos os vencedores aqui.
Na eleição feita entre os leitores, quem se deu melhor entre os concertos foi a apresentação de Cristian Budu ao piano com a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo.
1º lugar (9 pontos): Filarmônica de Viena com Valery Gergiev
2º lugar (5 pontos): Quarteto Ebène
3º lugar (4 pontos): Osesp com Nathalie Stutzmann
- Camila Frésca, jornalista e colaboradora da revista "Concerto"
1º lugar: Filarmônica de Viena com Valery Gergiev. Momento especial: a mais tradicional orquestra com um dos maiores maestros atuais
2º lugar: Osesp com Nathalie Stutzmann. Lindo envolvimento da regente com a orquestra e excelentes resultados
3º lugar: Quarteto Ebène. Grupo francês de qualidade fantástica e sonoridade transcendental
Pior do ano: Os cortes anunciados pelo governo na área da cultura, que afetarão a temporada musical de 2017
- Irineu Franco Perpetuo, jornalista e tradutor
1º lugar: Filarmônica de Viena... Orquestra superlativa com regente mesmerizante
2º lugar: Jonas Kaufmann. Um tenor cativante no auge da forma
3º lugar: Quarteto Ebène. Refinamento e senso de estilo em apresentação memorável
Pior do ano: Khatia Buniatishvili (piano solo). Som e fúria, significando nada
- Manuel da Costa Pinto, colunista da Folha
1º lugar: Quarteto Ebène. Interpretação vibrante da Grande Fuga de Beethoven e do quarteto de Debussy
2º lugar: Jean-Guihen Queyras. Duas noites transcendentais dedicadas às seis Suítes para Violoncelo de Bach
3º lugar: Sinfônica de Heliópolis com Christopher Russell. Sinfonia nº 2 (1902) de Charles Ives teve finalmente sua (empolgante) estreia no Brasil
Pior do ano: Filarmônica de Viena... Uma orquestra perfeita, mas com repertório óbvio e bis de valsinhas vienenses
- Nelson Rubens Kunze, diretor-editor da revista "Concerto"
1º lugar: Filarmônica de Viena... Viena e Gergiev, dois mitos na Sala São Paulo
2º lugar: Osesp com Nathalie Stutzmann. Stutzmann e Osesp em ótima apresentação
3º lugar: Orquestra Filarmônica de Hamburgo. Strauss e Brahms tocados por quem entende
Pior do ano: Todos os que foram (e serão!) cancelados pelos cortes do governo do Estado
- Sidney Molina, volonista do Quaternagli e crítico da Folha
1º lugar: Osesp com Paul Lewis. Pianista fez a integral dos cinco concertos de Beethoven em apenas três dias
2º lugar: Le Marteau sans Maître. Tardia estreia de obra seminal de Pierre Boulez com músicos brasileiros
3º lugar: Jonas Kaufmann. Repertório sofisticado (Schubert, Duparc, Liszt e Strauss) em noite inspirada
Pior do ano: Escândalo no Theatro Municipal. De um lado, qualidade musical; de outro, irregularidades, denúncias e desvios
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Cada integrante do júri elegeu três destaques em ordem de preferência. Foram distribuídos pontos da seguinte maneira:
1º lugar = 3 pontos
2º lugar = 2 pontos
3º lugar = 1 ponto
Os vencedores foram determinados pela soma dos pontos dos eleitos de cada jurado. Não houve desempate. Os jurados também puderam indicar, em suas categorias, o pior do ano (alguns preferiram não fazê-lo).
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