Coxinha da Padaria Real, famosa em Sorocaba, faz sucesso no delivery de São Paulo
Antes só com entrega, forte demanda faz com que a casa abra janelinha com atendimento presencial
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Quando sabem que alguém passou por sua cidade, sorocabanos não hesitam em sempre perguntar se o visitante experimentou a famosa coxinha de frango com Catupiry da Padaria Real.
Assim como a placa amarela que diz “Sorocaba é do Senhor Jesus Cristo”, localizada na entrada da cidade que fica no interior paulista, a coxinha é referência para os moradores.
Produzida pela padaria desde os anos 1990, o quitute chegou em 15 de março à capital, em uma expansão da empresa sorocabana. Mas a ideia era fazer entregas de coxinhas e de outros produtos somente por
delivery, sem ter atendimento presencial na cidade. Mas a forte demanda fez com que o projeto tomasse outro rumo.
“Só divulgamos nas redes sociais a nossa chegada a São Paulo, porque ainda estávamos nos ajustando. Mas as pessoas começaram a perguntar onde ficava a padaria”, diz José Eduardo de Souza, presidente-executivo da Real.
Isso gerou um movimento de caça ao ponto físico da casa, já que o iFood, aplicativo de entrega em que o local está cadastrado, só atua em um raio de sete quilômetros. Pessoas que moram em locais mais distantes da cozinha, localizada em Pinheiros, passaram a ir até o endereço.
“Como não tínhamos venda direta, passamos a ver vários motoboys em dúvida, pois o endereço de entrega era o mesmo que o nosso. Aí, do outro lado da rua, sempre surgia alguém acenando e dizendo que o pedido era seu, porque a entrega não chegava até a sua casa”, conta Souza.
Ao perceber o fluxo na porta da cozinha para burlar as limitações do delivery, a empresa decidiu retomar um serviço que foi a essência do negócio em Sorocaba por anos —a janelinha de encomenda.
“Tínhamos essa janelinha no nosso primeiro estabelecimento para quem quisesse comprar pães. Retomamos a ideia em São Paulo. Agora é possível comprar diretamente conosco”, diz Souza.
A padaria não abre números, mas o empresário afirma que o faturamento do primeiro mês na capital foi o dobro do projetado, sendo que 38% da receita veio das coxinhas.
Como surgiu a famosa coxinha?
Ao contrário do que se pode imaginar, o salgado não surgiu nos primórdios da Real. A empresa foi fundada em 1957, mas o quitute entrou no cardápio somente em 1992.
A receita veio da própria família e era um pouco diferente da atual —a primeira versão era feita com asa de frango, com osso e tudo.
O preparo evoluiu, deixou de ser feito com osso, ganhou uma versão com Catupiry e se tornou grande sucesso na terra rasgada, significado de Sorocaba em tupi-guarani.
“Não sei dizer especificamente quando a coxinha virou esse fenômeno na cidade, mas já tem mais de dez anos que as pessoas comentam que saem de baladas, festas e shows e vão até a Real para comê-la”, diz o presidente da padaria, referindo-se, é claro, ao pré-pandemia, quando esses eventos eram permitidos.
O sucesso inspirou até um festival de coxinhas, realizado cerca de cinco anos atrás. “Fizemos o evento lançando sete ou oito sabores diferentes. Fez tanto barulho que chegamos a ter fila de pessoas na porta”, afirma Souza.
Na época, quando este repórter esteve na unidade da padaria no bairro Alto da Boa Vista, em Sorocaba, todas as novas opções já estavam esgotadas quando foi possível finalmente entrar na loja.
Foi após esse evento que nasceram os recheios de brócolis, palmito, doce de leite e Nutella. O festival não existe mais. Em compensação, agora a padaria lança um sabor novo todos os meses. Em junho foi a vez do recheio de pernil. Em julho, de espinafre.
Aos paulistanos que quiserem experimentar a crocância da casquinha frita e o recheio cremoso misturado ao frango, a padaria oferece as coxinhas em três tamanhos: a tradicional, com 120 g, por R$ 9,95; a minicoxinha, que vem em uma caixa com 25 unidades e custa R$ 32,95; e a microcoxinha pipoca, que pesa apenas 8 g e vem em porção com 50 delas, por R$ 31.