Conheça o Porta, bar que tem festas estranhas com músicas esquisitas em SP
Espaço aberto há dois meses junta bandas independentes e sons experimentais na Vila Madalena
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A portinha de uma casa na Vila Madalena, zona badalada de São Paulo, vem atraindo há dois meses um público que procura por bandas independentes e músicas experimentais na noite paulistana. É ali que funciona o Porta, novo bar que reúne os órfãos de clubes que eram conhecidos nesse universo, como o S/A e a Associação Cultural Cecília, mas que fecharam as portas durante a pandemia.
Sempre cheio e com gente na calçada, o endereço é uma mistura pouco ortodoxa de casa de shows, bar, fábrica de skates e estúdio de produção musical. Aproveitando que está numa antiga casa do bairro, a decoração mantém o clima familiar, com tapetes, portas ornamentadas e porta-retratos com fotos dos sócios.
"Quando vimos os clubes fechando um a um, a gente se perguntou onde as bandas independentes iriam se apresentar quando a pandemia acabasse", comenta Paula Rebellato, integrante do grupo Rakta, que divide a sociedade do bar com Raphael Carapia e Bruno Carapia, donos da Lodo Boards, marca de skate que funciona nos fundos da casa.
E ali é uma residência mesmo —ou era. Na antiga garagem, foi montado um hall onde o público fica bebendo e conversando antes e depois dos shows, fugindo da aglomeração dos outros cômodos. Na sala, bandas e os DJs se apresentam. Quem não consegue ver as apresentações por causa da lotação assiste a tudo do corredor ou através da janela de vidro que dá para a rua.
Já onde era a cozinha, funciona agora o bar, que serve cervejas e drinques. Há gim-tônica, caipirinha e negroni, que custam de R$ 25 a R$ 35. Já as cervejas, em garrafas long neck, saem a partir de R$ 8.
"É um lugar bonitinho, com cara de antigo, que parece mais uma casa de vó", comenta a produtora Mariane Vilas-Boas, que visita o bar desde que ele foi inaugurado, em março. "Dá para ouvir umas esquisitices de rock, com muita barulheira e guitarra distorcida. O clima é aquele com a galera pegando cerveja, ouvindo som e depois indo embora cedo para casa."
As apresentações musicais vão do rock ao dub, mas sempre em formato experimental e com sonoridades estranhas. Em dias sem shows, a sala fica aberta para quem quiser cantar ou tocar algum instrumento. "É algo que queremos consolidar mensalmente na casa", conta Rebellato. "Nas vezes em que fizemos isso, veio uma molecada de longe, só para tocar guitarra."
Os sons distorcidos e os beats diferentões saem pelas caixas de som às sextas e aos sábados, sempre por volta das 20h —mas, vez ou outra, surge alguma programação às terças e quintas. Como o bar fica em uma área residencial e cheia de prédios, os eventos acabam antes das 23h, e o bar é encerrado sem invadir a madrugada.
A programação para os próximos dias conta com música eletrônica performática, punk rock e shows mais calminhos. Na quinta-feira (12), a partir das 19h, quem se apresenta é o grupo Pântano, que mistura eletrônico e performances. Já na sexta-feira (13), às 20h, é a vez do rock da Sky Down, enquanto no sábado (14), também às 20h, quem entra na sala é João Lucas Ribeiro e sua banda.
Mas a dica é chegar cedo, se não quiser ouvir música em pé na calçada.