Conheça o Amata, novo epicentro do rap em SP que atrai nomes como Mano Brown e Karol Conká

Bar em Pinheiros virou ponto de encontro de MCs badalados e palco de rappers conhecidos

Homem com camiseta branca e microfone na mão canta. A frente publico aglomerado

Show do rapper FBC que aconteceu no sábado (15/01), no espaço Amata, em pinheiros, região oeste de São Paulo Caio Versolato/ Divulgação

São Paulo

Na trilha sonora que embala as noites paulistanas na pandemia, o rap está voltando a ser um dos principais sons da programação de bares e baladas da cidade, depois de ter vivido seu auge nos anos 1980. E existe um um novo epicentro do ritmo na capital —o Amata, casa noturna em Pinheiros que tem reunido com frequência a cena atual do rap nacional e se tornado o ponto de encontro de MCs.

Ao visitar a casa em uma sexta-feira, por exemplo, não é incomum encontrar entre um drinque e outro nomes como Djonga, FBC, Tasha e Tracie ou algum integrante do grupo Racionais MCs.

Com espaço mais intimista e áreas mais reservadas, o novo QG dos rappers em São Paulo é tocado pelo produtor cultural e musical Felipe Lacine, que decide quem vai se apresentar na casa. "A ideia é ser um espaço multicultural. Por isso ficamos atentos às tendências e novidades do cenário, incluindo os sons que ainda são pouco trabalhados", comenta Renato Vicari, proprietário da casa.

O espaço foi inaugurado em novembro de 2020 e tem desde o início apresentações de nomes conhecidos do rap, mas até o meio do ano passado o bar era mais lembrado pelas festas de música eletrônica. A virada ocorreu com a organização de eventos, coquetéis e audições de novos discos para apenas artistas e jornalistas.

O mais representativo deles foi o Baile da Ceia, em outubro do ano passado, que foi uma comemoração dos cinco anos da produtora de mesmo nome e que contou com shows de todos os artistas contratados do selo e convidados como Mano Brown e Karol Conká. A programação foi uma prévia mais exclusiva do festival que depois ocorreu em dezembro, desta vez aberto ao público, na Audio, também em São Paulo.

Em tempos de pandemia, o Amata atrai também o público por causa dos seus 310 metros quadrados, divididos em quatro áreas, sendo duas delas ao ar livre. Quem visita observa logo na entrada um hall com bar, bancos e uma varanda aberta. Na sala ao lado, há um palco com DJ em uma pista mais reservada.

Indo mais para o fundo do estabelecimento, chega-se a um jardim a céu aberto com mais de 50 espécies de plantas da mata atlântica —é ali onde os shows geralmente acontecem. Com o chão em leve declive e o palco montado na parte de baixo, o espaço ganha um jeito de auditório.

Ao todo, 550 pessoas podem circular pelo local, que conta ainda com um terraço com grama artificial, mesinhas e vista para o Instituto Tomie Ohtake. Mesmo assim, em dias de shows badalados a casa fica lotada.

Homem negro com boné vermelho e microfone na mão
O rapper Djonga canta durante festa de confraternização de cinco anos do selo de rap Ceia que aconteceu no Amata - Pedro Fatore/ Divulgação

No bar, um dos destaques é o autoral Gin-Ger, mistura de gim com framboesa, vermute, suco de limão e bitter de laranja, que sai por R$ 34. Na hora de comer, o menu destaca o lanche de pernil com cebola caramelizada na cachaça, alface americano e tártaro de vinagrete —o lanche custa também R$ 34.

A programação dos próximos dias conta com novidades do hip-hop. Na quinta-feira, dia 20, sobe ao palco o grupo de trap formado por mulheres Hyperanhas. No mesmo dia, os DJ Mass, Sophia, e Heron Love, conhecidos por misturar sequências de funk e rap, dão o tom da pista.

Amata

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