Manifestantes protestam nos EUA em favor dos direitos civis, rechaçando os maus-tratos que a população negra enfrenta. As cenas que compõem "Selma - Uma Luta pela Igualdade" parecem pertencer ao presente —há poucos meses, milhares de norte-americanos tomaram as ruas para mostrar desprezo pelo racismo dos policiais—, mas o filme apresenta acontecimentos de 50 anos atrás.
Em dezembro de 1964, o reverendo Martin Luther King Jr. ganhou o Prêmio Nobel da Paz graças ao seu trabalho de combate à desigualdade racial. O prêmio não tirou a frustração de King com a falta de progresso na maneira com que os negros eram tratados nos EUA.
Eis o foco do filme de Ava DuVernay: a cidade sulista que dá nome ao longa é o campo de batalha de King na luta para que negros e brancos tenham direitos iguais de votar.
Selma foi escolhida especialmente por fazer parte do Alabama, Estado comandado pelo racista George Wallace, conhecido por seus métodos brutais de governar. A brutalidade alheia era, aliás, uma das cartas usadas por King: apesar de pregar que os manifestantes agissem de forma pacífica, ele sabia que essas manifestações eram mais efetivas se encontrassem a violência policial. Só assim King conseguia atrair a atenção da imprensa e do presidente Lyndon Johnson (Tom Wilkinson).
Indicado a dois Oscar, "Selma", embora otimista, revela que, mesmo 50 anos depois, a guerra contra o racismo ainda não teve fim.
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