Mostra gratuita em SP exibe 11 filmes de cineastas indígenas

Evento em 13 de julho reúne obras de ficção e documentários na Faap

São Paulo

Com exibição gratuita de 11 filmes, a Mostra de Cinema Indígena acontece em 13 de julho, na Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), durante o evento São Paulo Audiovisual Hub.

Entre obras de ficção, documentários e reportagens dirigidos por cineastas indígenas há produções dos povos guarani, kuikuro, huni kuin, yanomami, munduruku, tukano, tupinambá, ikpeng e guajajara.

A imagem mostra espigas de milho secas penduradas. As espigas apresentam uma variedade de cores, incluindo amarelo, laranja, vermelho e branco. O fundo é desfocado, com uma estrutura de madeira visível, sugerindo um ambiente rústico ou de mercado. A iluminação é suave, destacando as texturas e cores do milho.
Cena do filme 'Aguyjevete Avaxi’i', sobre a retomada do plantio do milho tradicional do povo guarani m’bya - Divulgação

A mostra acontece das 11h às 21h30, em um domingo. Para participar, é preciso fazer o credenciamento gratuito no site do evento.

Depois da exibição de alguns filmes, haverá bate-papo com realizadores, protagonistas e lideranças indígenas, como Beatriz Pankararu, Edivan Guajajara, Geni Núñez e Thiago Guarani.

A curadoria do evento é de Carolina Caffé, Kerexu Martim Guarani e Edivan Guajajara.

Organizado pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do governo do estado de São Paulo, o São Paulo Audiovisual Hub acontece na Faap de 3 a 13 de julho. O restante da programação também é gratuito.

Confira, a seguir, alguns dos destaques da Mostra de Cinema Indígena.

Das 12h às 14h

Um homem está em uma floresta densa, cercado por árvores verdes. Ele tem a pele pintada de vermelho e usa uma faixa na cabeça. Seu traje é camuflado, e ele usa um colar com um pingente. O ambiente é natural e exuberante, com folhagens ao fundo.
Cena de 'Somos Raízes: Guardiões da Floresta', videorreportagem sobre a preservação da porção amazônica do Maranhão - Divulgação

Somos Raízes: Guardiões da Floresta
Dir.: Edivan Guajajara. Etnia: Guajajara
Videorreportagem sobre a luta pelo território Tenetehara, no Maranhão. Nas terras Arariboia e Caru, o grupo Guardiões da Floresta, composto por 120 indígenas do povo guajajara, trabalha em defesa da mata remanescente na porção amazônica do estado —menos de 20% da cobertura original—, expulsando madeireiros e outros invasores.
Bate-papo após a exibição: Edivan Guajajara e Richard Wera Mirim Guarani.

Das 15h às 17h

A Febre da Mata
Dir.: Takumã Kuikuro. Etnia: kuikuro
Durante uma pescaria, o pajé e sua família avistam uma onça em chamas, que grita por ajuda. O pajé volta à aldeia para alertar seu povo sobre o perigo do fogo. Depois de causar destruição e morte na floresta, o incêndio provoca uma seca extrema.

Thuë Pihi Kuuwi: Uma Mulher Pensando
Dir.: Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami. Etnia: yanomami
Uma mulher yanomami observa o preparo da yãkoana, alimento que permite aos xamãs adentrar o mundo dos espíritos.

Aguyjevete Avaxi’i
Dir.: Kerexu Mirim. Etnia: guarani
Documentário sobre a retomada do plantio das variedades do milho tradicional do povo guarani m’bya na aldeia Kalipety, onde existia uma área seca e degradada por décadas de monocultura de eucalipto.
Bate-papo após a exibição: Keretxu Martim e Jera Guarani.

Das 17h às 19h

Rami Rami Kirani
Dir.: Lira Huni Kuin. Etnia: huni kuin
Trata das primeiras experiências das mulheres huni kuin na consagração e no preparo do nixi pae (ayahuasca), rituais que antes eram restritos aos homens.

Wehse Darase - Trabalho da Roça
Dir.: Larissa Tukano. Etnia: tukano
Documentário sobre a agricultura tradicional das comunidades indígenas do rio Negro, reconhecida como patrimônio cultural imaterial do Brasil.
Bate-papo após a exibição: Natália Tupi e Larissa Tukano.

Das 19h30 às 21h30

A imagem apresenta uma pintura estilizada de porcos em um ambiente rural. Há três porcos, sendo um deles amarelo e os outros dois pretos. Eles estão posicionados em frente a hastes coloridas, que são vermelhas, amarelas e verdes. Ao fundo, há uma representação de canas ou vegetação, com traços escuros e verticais, criando um contraste com os porcos e as hastes coloridas.
Cena do filme 'Mundurukuyu', que trata da mitologia munduruku - Divulgação

Mundurukuyü - A Floresta das Mulheres Peixe
Dir.: Coletivo Daje Kepap Epy. Etnia: munduruku
Nas margens do rio Tapajós, no Pará, a floresta das mulheres peixe espelha a mitologia munduruku, em que humanos, na origem do mundo, se transformaram em floresta, plantas e animais.
Bate-papo após a exibição: Oreme Ikpeng e Beka Munduruku.

São Paulo Audiovisual Hub: Mostra de Cinema Indígena

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