Neste sábado (22), a turnê "Lovedrive Reunion Tour", que conta com quatro ex-integrantes da banda alemã Scorpions, passará pelo HSBC Brasil (zona sul de São Paulo). Os ingressos custam de R$ 130 a R$ 280 e estão à venda pelo site Ingresso Rápido.
A ideia da turnê surgiu quando o guitarrista Michael Schenker, 58, e o baterista Herman Rarebell, 63, decidiram incluir canções do álbum "Lovedrive" (1979), do Scorpions, em um show que ainda teria músicas do UFO, outra banda da qual Schenker participou.
"Alguns anos atrás, descobri que eu e Herman éramos vizinhos de bairro e, após algumas semanas de conversa, resolvemos sair em turnê para tocar músicas do UFO. Porém, os produtores gostaram tanta da ideia que propuseram essa turnê com os ex-integrantes do Scorpions", revelou o guitarrista Michael Schenker ao "Guia Folha".
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A formação da "Lovedrive Reunion Tour" conta com Michael Schenker (ex-guitarrista do Scorpions), Uli Jon Roth (ex-guitarrista do Scorpions), Francis Buccholz (ex-baixista do Scorpions), Herman Rarebell (ex-baterista do Scorpions) e nos vocais Doogie White, 53, que cantou no Midnight Blue, Rainbow, Cornerstone, Yngwie Malmsteen's Rising Force, Praying Mantis, Rata Blanca, La Paz e Tank.
O Scorpions fez sucesso no mundo todo com discos clássicos como, por exemplo, "Virgin Killer" (1976), "Lovedrive" (1979), "Blackout" (1982), "Crazy World" (1990) e Moment of Glory (2000), além de inúmeros "hits" do nível de "Still Loving You", "Rock You Like a Hurricane", "Rhythm of Love" e "No One Like You".
"Todas as fases do Scorpions foram importantes", disse Schenker. O guitarrista prometeu tocar músicas como "Blackout", do Scorpions, mas também não deixará de tocar faixas do UFO e Michael Schenker Group.
LEIA ENTREVISTA COM MICHAEL SCHENKER:
Guia Folha - De quem partiu a ideia para uma turnê com ex-integrantes do Scorpions?
Michael Schenker - Alguns anos atrás, Herman Rarebell (ex-baterista do Scorpions) e eu descobrimos que éramos vizinhos de bairro e, como não conversávamos há algum tempo, resolvemos tocar algumas músicas do UFO. Fizemos alguns shows com Pete Way, mas logo em seguida alguns promotores perguntaram se nós tínhamos interesse em fazer uma turnê com ex-integrantes do Scorpions.
O álbum de estreia do Scorpions, "Lonesome Crow", completa 40 anos. O que você se lembra daquela época? Você era muito jovem quando o gravou.
Foi uma época muito excitante. Eu era muito novo e gravei o meu primeiro disco de estúdio. Para mim, sempre foi incrível ouvir as músicas desse álbum no rádio.
Para você, qual foi a melhor fase do Scorpions?
Todas as fases foram importantes em diferentes momentos da minha vida. Minha parceria com o Scorpions sempre foi promissora, inclusive sempre pensávamos na frente a cada lançamento, em novos trabalhos.
Qual a importância do Scorpions no mundo do rock e metal?
Os músicos do Scorpions são meus irmãos até hoje. Acredito que eles tiveram a graça de gravar músicas com tanto sucesso, talvez Rudolf Schenker pudesse te responder melhor essa pergunta, porém acredito que o grupo teve as melhores composições e um vocal poderoso, além de uma boa dose de melodia. A banda trouxe vários hinos para o mundo da música e isso é o legado que ela deixou.
Nesta turnê, você conta com o vocalista Doogie White. Como foi o encontro?
Doogie White é fantástico. Ele participou do meu disco solo recentemente, então nossos caminhos já estavam entrelaçados. Ele estava fazendo alguns trabalhos comigo no Temple of Rock e, quando começamos essa turnê, ele foi a primeira pessoa que veio à mente.
O que você prefere na guitarra: a técnica ou o riff?
Eu adoro os dois elementos e, pra te falar a verdade, gosto quando as pessoas são elas mesmas. Gosto de tocar o que vem na mente e admiro guitarristas que têm essa qualidade, pois eu sei que vem do coração. Não procuro muito ficar observando a técnica ou se tal músico toca mais rápido que o outro.
Por fim, você participaria de uma turnê novamente com o Scorpions?
Eu acho que o Scorpions vai fazer uma turnê final, de fato, em algum ponto de sua carreira. Se não nesta vida, talvez na próxima. No geral, acho que todas as bandas que tiveram uma ótima química, mas que se separaram por várias razões diferentes, eventualmente, podem querer se reunir para uma turnê novamente.
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