Vencedor em melhor programação, bar/ comida e conforto
ATÉ 500 PESSOAS
As categorias vencidas pela Casa de Francisca nesta edição d’O Melhor de São Paulo- Casas de Shows evidenciam o que o espaço tem de melhor, a começar pela oferta na programação.
Há muita variedade, mas quase tudo gira em torno de tradições brasileiras. Há rodas de samba e shows de forró mais ortodoxos, com repertório e estética ligados aos clássicos do gênero, além de números tradicionais de frevo, coco, ciranda, música de terreiro, maracatu e outras manifestações artísticas do Brasil, além de vários destaques da música brasileira contemporânea, num recorte mais ligado à MPB.
Dá para ver o samba autoral do carioca Antônio Neves ou do paulista Rodrigo Campos, shows de veteranos da cena independente, como Juçara Marçal, Maurício Pereira, Mestrinho, Siba, Rodrigo Ogi e Kiko Dinucci, e gente mais nova, caso dos baianos Giovani Cidreira e Josyara e do paraense Saulo Duarte. Isso sem falar em nomes consagrados da nossa música como Zeca Baleiro, Leci Brandão e Edu Lobo, que cantaram na casa no último ano.
Com shows tanto no salão quanto no porão, a casa também recebe números. DJs são escalados para sets voltados a quem está na rua, em frente ao palacete, entre eles Ramiro Z, residente da festa Entrópica e com ampla pesquisa em ritmos tropicais, e Carol Selecta, que destaca a produção fonográfica afrodiaspórica.
Mais recentemente, a Casa de Francisca tem tentado incluir apresentações de estilos mais populares em seu porão, geralmente como atrações de festas. Foi assim com Deize Tigrona, clássica MC do funk do Rio, no evento Não Tem Rolê Tranquilo, e Filho San, mago das teclas que passeia por décadas de forró eletrônico, piseiro e brega disparando todos os instrumentos sozinho no teclado, no evento Tá Rocheda.
E quando o assunto é comida, fica difícil competir com um espaço que, mesmo quando não tem shows, funciona como restaurante. A Casa de Francisca abre seu salão de terça a sexta para servir almoço e jantar, com ou sem programação musical.
A casa harmoniza não só bons pratos e drinques, mas combina o paladar com a audição, privilegiando a matéria-prima brasileira no cardápio e nos palcos.
Nos dias de semana, há um cardápio fixo recheado de opções, com destaque para o já tradicional arroz do mar —com lula, camarão, polvo, tomate e manjericão— e o vistoso peixe fresco do dia, servido com palmito de pupunha assada, azeitona preta, tomate, conserva de limão e farofa de pão. Ambos saem por R$ 78, os pratos mais caros do menu. As opções para forrar o estômago ainda incluem, a depender do dia, joelho de porco assado (R$ 62) e bobó de camarão (R$ 68).
Isso sem falar na vitrine de acepipes, que também pode ser degustada no andar térreo do Palacete Teresa —patrimônio histórico restaurado que abriga a Casa de Francisca—, onde funciona um bar. Inaugurado no ano passado, o espaço de esquina serve tanto para botecagem independente da programação da casa como para um esquenta para os shows que acontecem em cima (na salão), embaixo (no porão) ou na própria rua.
Entre os drinques autorais está o piseiro —com cachaça, suco de abacaxi, gengibre, melado de cana e limão siciliano, por R$ 35.
Próximos shows:
- Samba do Aguidá, sáb. (31), às 17h e às 21h, no porão. Ingr.: R$ 26 em pixelticket.com.br
- Quintal do Céu, sáb. (31), às 22h, no salão. Ingr.: a partir de R$ 53 em pixelticket.com.br
- Vanessa Moreno, ter. (3/6), às 21h30, no salão maior. Ingr.: a partir de R$ 62 em pixelticket.com.br
- As Comadres ,ter. (3/6), às 21h30, no porão. Ingr.: R$ 35 em pixelticket.com.br
Casa de Francisca
R. Quintino Bocaiúva, 22, Sé, região central, tel.: (11) 3052-0547, @casadefrancisca
19h00
Comentários
Ver todos os comentários