Bona tem melhor visão de palco para até 500 pessoas em São Paulo

Palco da casa cria proximidade entre músicos e plateia em salão intimista

São Paulo
Salão do Bona, casa de shows em Sumaré, região oeste da capital paulista
Salão do Bona, casa de shows em Sumaré, região oeste da capital paulista - Rubens Cavallari/Folhapress

Vencedor em melhor visão de palco

ATÉ 500 PESSOAS

Em 15 de maio, uma quinta-feira, a cantora Juçara Marçal apresentou um novo formato de show com a pianista Thaís Nicodemo no Bona Casa de Música. Em seu repertório, havia faixas de compositores contemporâneos como Negro Leo, Maria Beraldo, Kiko Dinucci —uma boa representação da programação moderna e eclética do espaço.

As apresentações na casa acontecem do lado direito do palco, que ainda é ocupado por uma estante com uma vitrola, livros de artistas como Noel Rosa e Beatles e outros adereços. A parede de tijolinhos aparentes e o piano terminam de formar a composição do tablado, que se enxerga plenamente de todos os cantos do local.

O público compartilha mesas no piso térreo e no mezanino, e alguns pequenos balcões fixados na parede traseira do salão principal. O palco é alto e fica igualmente visível para quem está acima ou abaixo dele.

O Bona tem a melhor visão de palco entre as casas de show de até 500 pessoas, de acordo com a votação do júri do especial O Melhor de São Paulo. Um grande espelho acima do piano permite que se vejam ainda mais detalhes dos shows intimistas e experimentais que acontecem ali.

A história do Bona no Sumaré é relativamente nova —de 2015 a 2023, a casa funcionava em Pinheiros, onde tinha uma capacidade menor. Hoje, o espaço comporta cerca de 230 pessoas e conta com mais potência acústica.

A proximidade com o público e a descontração do ambiente, sempre com luz baixa, permite que talentos e fãs estreitem seus laços. Nos últimos meses, a casa contou com atrações esgotadas de músicos já familiares ao local, como Rodrigo Alarcon, Jonathan Ferr e a cantora moçambicana Lenna Bahule.

Nada mal para uma casa que quase fechou as portas durante a pandemia, quando perdeu cerca de 90% de seu faturamento e precisou contar com a ajuda de uma vaquinha online e o patrocínio de uma marca de cerveja para se reerguer.

Os frequentadores podem ainda fazer refeições e consumir bebidas em suas mesas —o serviço funciona com discrição mesmo durante os shows.

Com fácil acesso para quem desce no metrô Vila Madalena, apresentações modernas e bons drinques e comidinhas, o Bona Casa de Música volta a valorizar o bairro boêmio, que perdeu um pouco seu status para regiões mais centrais, como a Santa Cecília e Barra Funda.

Bona
R. Dr. Paulo Vieira, 101, Sumaré, Instagram @bona_casa_de_musica. Programação em bona.art.br

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