O show dos Rolling Stones no estádio do Morumbi foi apontado o melhor do ano, entre as apresentações de artistas estrangeiros, pelo júri convidado pelo "Guia" para a eleição de melhores eventos de 2016.
A banda de Mick Jagger ficou à frente dos shows de Alabama Shakes e Wilco, empatados em 2º lugar, e de John McLaughlin, em 3º. Veja abaixo os votos que cada um recebeu.
A edição de melhores do ano do "Guia", que circula nesta sexta-feira (30), apontou os destaques da vida cultural paulistana em 2016, em 16 categorias. Conheça todos os vencedores aqui.
Na eleição feita entre os leitores, a apresentação no grandioso estádio da histórica banda repetiu a dose e recebeu 23% dos votos, sagrando-se campeã também na escolha popular.
1º lugar (7 pontos): Rolling Stones
2º lugar (empatados com 4 pontos): Alabama Shakes e Wilco
3º lugar (3 pontos): John McLaughlin
- Alessandra Braz, editora do site Move That Jukebox
1º lugar: Alabama Shakes. Um grande show de uma das melhores bandas que nasceram nos últimos anos
2º lugar: Ibeyi. A dupla fez um show arrepiante. As irmãs têm presença de palco, e a plateia estava apaixonada
3º lugar: Rolling Stones. A banda não envelhece. Show direto, reto, simples e com potência
Pior do ano: Julia Holter. No mesmo dia da Ibeyi, parecia não estar à vontade e sofreu com o público que foi ver as cubanas
- Bento Araujo, editor da revista "poeira Zine"
1º lugar: John McLaughlin. O maior guitarrista vivo mostrou que é possível apresentar a verdade em forma de música
2º lugar: Stoned Jesus. Stoner rock chapadão da Ucrânia. O jovem trio passou como um furacão pelo Brasil
3º lugar: Wilco. Sinergia com o público, grandes canções e performance irretocável
Pior do ano: Guns N' Roses. A atitude e o perigo iminente se foram. Sobrou o anel de brilhantes de Axl
- Jotabê Medeiros, jornalista e crítico de música
1º lugar: Rolling Stones. Quase 300 anos de perfídia e rock'n'roll numa noite especialmente alto-astral no Morumbi
2º lugar: Tinariwen. O "Led Zeppelin do deserto" trouxe hipnose coletiva, orgulho étnico e circularidade sonora
3º lugar: Die Antwoord. Hip-hop agressivo com débito inegável para com o marquês de Sade e alto poder de combustão
Pior do ano: Jesse Hughes, do Eagles of Death Metal, sugerindo que a casa de shows Bataclan tinha um acordo com os terroristas
- Marcelo Costa, editor do site Scream and Yell
1º lugar: Wilco. Uma banda impecável em um local incrível, o Auditório Ibirapuera
2º lugar: Calexico. Rock, folk, indie, rancheira, latinidades e cover do Love tocados com emoção
3º lugar: Alabama Shakes. Brittany Howard ensandecida à frente de uma banda em sua melhor fase
Pior do ano: Eagles of Death Metal. Rock mequetrefe, ok, mas precisava assassinar uma música do Duran Duran?
- Thales de Menezes, repórter especial da Folha
1º lugar: Rolling Stones. Vai ser sempre o melhor show, porque Mick Jagger e Keith Richards inventaram essa coisa toda
2º lugar: Eminem. O cara não aparece como antes na mídia, nem vende tanto disco. Mas em cima do palco é genial
3º lugar: Body/Head. Kim Gordon poderia estar em casa tomando chá, mas prefere fazer barulho e mostrar as pernas
Pior do ano: Coldplay. Fez uma micareta inglesa, mandando o público pular e dar abaixadinha. Um lixo
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Cada integrante do júri elegeu três destaques em ordem de preferência. Foram distribuídos pontos da seguinte maneira:
1º lugar = 3 pontos
2º lugar = 2 pontos
3º lugar = 1 ponto
Os vencedores foram determinados pela soma dos pontos dos eleitos de cada jurado. Não houve desempate. Os jurados também puderam indicar, em suas categorias, o pior do ano (alguns preferiram não fazê-lo).
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