Um bom programador não se limita a pegar os filmes oferecidos. Ele vai atrás, confere a qualidade das imagens, luta para que estúdios recuperem produções perdidas. O Telecine já foi assim, num tempo em que ninguém sonhava com streaming.

Por falta de concorrência, o serviço entrou em sombria decadência, mas hoje encara a era do streaming com ânimo —e venceu na categoria de melhor oferta de filmes. Virtude de um bom programador. Atualmente o nome é curador, mas o resultado acaba sendo o mesmo.

Mas, mesmo com ampla oferta de filmes, o serviço não é labiríntico, como é a Netflix. Suas “cinelists” alternam clássico e moderno, Europa e Estados Unidos, Brasil e Ásia.

A curadoria atende os vários gostos e os vários momentos do espectador. Ver um filme da série “Top 100” não impede ninguém de assistir às opções da “125 Anos de Cinema”.

Esta última lista, aliás, ilustra bem a maneira como a plataforma transita. Nela está o maior acervo de filmes mudos dos nossos streamings. Nem por isso, porém, a curadoria cedeu ao pedantismo, mostrando que o cinema nasceu e cresceu como arte popular.

Note-se que o Telecine Play não é único com boa curadoria. O Belas Artes à la Carte, por exemplo, tem acervo menor, mas trafega bem. O Mubi conta com filmes inéditos, mas tem o desagradável hábito de deixá-los por apenas 30 dias em cartaz. Ser incompleto é, afinal, a lei dos streamings.

Em telecineplay.com.br. R$ 37,90/mês, com 30 dias grátis

1º	Telecine Play	4,6
2º	Mubi	4,5
3º	Netflix	4