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Cinema

Falhas nos serviços de streaming vão de legendas em espanhol a filmes fantasmas

Principais plataformas disponíveis no Brasil acumulam erros que testam a paciência do consumidor

São Paulo

Procurar um filme, clicar no escolhido e começar a assisti-lo são funções básicas de um serviço de streaming, certo? Em tese, sim. Mas, na prática, algumas das principais plataformas disponíveis no Brasil acumulam uma série de falhas que testam a paciência do consumidor, com navegabilidade ruim, acabamento precário e busca complicada.

Um dos principais exemplos é o Amazon Prime Video. O serviço impõe um desafio na hora de encontrar um filme. Muitas vezes, a produção buscada está no catálogo, mas ela não aparece na busca. Isso porque é impossível achá-la em português. Para conseguir ver o que se deseja, não é raro ter que buscar o título original, em inglês.

Já a Paramount+, apesar de ser cria de um dos estúdios mais antigos de Hollywood, ainda tem o catálogo mais pobre entre todos. Lançada no Brasil há apenas duas semanas, o que é um fator atenuante, a plataforma também apresenta erros de tecnologia. Há casos em que, ao pausar o que está sendo exibido, a legenda é trocada sozinha para outro idioma —e, de repente, você está vendo seu filme traduzido para o espanhol.

No UOL Play, grande parte do catálogo é dublada, mas a informação só aparece na hora de assistir. Nas opções legendadas, a plataforma optou por uma fonte maior, que pode atrapalhar o que está sendo exibido.

controle remoto apontado para tela com os logos de 14 serviços de streaming
Capa para especial de streaming do Guia - Folhapress

Já a DirectTV Go também opta prioritariamente pela dublagem, mas oferece todo o catálogo do Discovery Channel sem opção de legenda.

Mesmo com ótimo acervo de séries, a HBO Go peca na largada. O processo para se tornar um usuário é tão longo que lembra uma conversa com atendentes de telemarketing. Isso sem falar que as exibições costumam travar com frequência, tornando a imagem granulada a todo o instante. Há risco ainda de tudo travar de vez, forçando o espectador a reiniciar o serviço.

Algo parecido ocorre com a Globoplay, que trava algumas vezes e exibe imagens granuladas se houver instabilidade na internet. Há também problemas de navegabilidade, como o fato de a plataforma não salvar o histórico do que foi visto pelo usuário.

Outra plataforma com acervo ainda pequeno, a Apple TV+ não adapta totalmente a sua tela a todos os tipos de aparelhos. Isso faz com que, dependendo de onde o serviço está sendo acessado, seja preciso rolar a tela para baixo para encontrar o botão do play, que fica escondido.

Brasileiro, o Looke dificulta na hora de saber se um filme faz parte do pacote de assinatura —é preciso clicar em cada título para descobrir.

O Mubi, por sua vez, também não deixa claro quais títulos estão disponíveis. Com a premissa de renovar seu catálogo diariamente, muitos títulos saem de cartaz, mas permanecem gravados na plataforma, que acaba virando uma enciclopédia do cinema. É só na hora de assistir que o usuário descobre que determinada produção já saiu de cena.

Mesmo sendo eleitas as melhores plataformas nos quesitos técnicos deste ranking, Netflix e Disney+ não saem ilesas. A primeira parece sempre indicar os mesmos conteúdos. Já a segunda conta com temporadas aleatórias de séries, caso de “Zack e Cody: Gêmeos em Ação”, que só tem a terceira disponível para ser vista.

No meio de tudo isso, resta ao espectador desenvolvendo o seu jogo de cintura. Afinal, no meio da pandemia, esses streamings são o melhor jeito de curtir uma noite de cinema.

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