Restaurante Dasian tem clima de balada e salão para ver e ser visto em SP
Casa mistura sotaques asiáticos em culinária moderna em SP e conta com DJ aos fins de semana
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O balcão de um restaurante de sushi é a glória suprema de um comedor solitário, dizia Nina Horta. Se for mesmo assim, o Dasian seria um pesadelo para essas pessoas.
No restaurante aberto no Itaim Bibi, em São Paulo, tudo é superlativo. A começar pelo projeto arquitetônico, com capacidade total para até 500 pessoas. As mesas ficam distribuídas em dois terraços, uma área interna e sala privativa no andar superior, espaços geralmente procurados por engravatados para eventos corporativos, casais e aquela galera que quer unir gastronomia e azaração –afinal, durante as noites dos fins de semana, um DJ garante o som.
De menu com inspiração asiática, o salão localizado no térreo do edifício B32 —prédio que abriga empresas de tecnologia e um teatro, em uma das esquinas mais valiosas de São Paulo, na avenida Faria Lima– é lugar para ver e ser visto.
Quem está à frente da cozinha é o chef Flávio Miyamura, dos extintos Miya e Extásia. Como o próprio nome sugere, o cardápio lista opções que vêm da Ásia, mas com forte sotaque sino-americano. Até tem sushis e sashimis, mas vale a pena se concentrar nos outros preparos.
O Pato de Pequim é a estrela da casa. Para até três pessoas e ao preço de R$ 265, são servidos o peito e a coxa da ave assada –com a pele crocante–, acompanhados de bastões finos de pepino e alho-poró, massa de panqueca e molho. A ideia é que você monte os "sanduíches" e coma com as mãos. Se estiver sozinho, a porção individual custa R$ 160, mas não está descrita no cardápio. O pedido demora até 30 minutos para chegar à mesa, mas a espera compensa.
A visita vale também para compartilhar diversas entradas, como o Duck Lettuce Wrap. A R$ 45, com quatro unidades, a opção tem suculentas fatias de peito de pato grelhado e temperado com laranja e missô sob folhas de alface romana, coberto com uma maionese temperada com gochujang, uma pasta de pimenta vermelha coreana, e algas picadas.
A dupla de baos de porco empolga, tanto pela maciez do pãozinho chinês feito no vapor quanto pela potência do recheio, que leva pernil desfiado e misturado ao molho do próprio assado com páprica, gochujang e kimchi, uma conserva coreana à base de acelga. Custa R$ 35.
Ponto fraco é o arroz frito de siri (R$ 70), feito com arroz de gohan, carne do crustáceo e acelga. Com toque de gengibre e bastante aromático, faltam umidade e textura. O curry de porco com legumes, ao preço de R$ 60, é elaborado com a pasta tailandesa vermelha, barriga suína, abobrinha, cenoura e alho-poró. Para escoltar o caldo apimentado, vem uma porção de arroz jasmim que chegou bem mais firme que al dente.
Do mesmo grupo Corrientes 348, tradicional rede de casas de carne, o Dasian vai na contramão da tendência paulistana de restaurantes de salões cada vez menores e equipe enxuta, assim como as seções do cardápio. A badalação do entorno pede por algo que seja mais do que um lugar para comer —mas, em alguns momentos, por causa da pouca luz ambiente, ficou difícil até de enxergar a refeição no prato.