CTN tem melhor serviço de bar e comida e custo-benefício entre casas de SP

Espaço tem clima de festa de bairro, comida nordestina e batidas de nomes curiosos

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São Paulo
Centro de Tradições Nordestinas no bairro do Limão, região norte de SP - Keiny Andrade/Folhapress

O Centro de Tradições Nordestinas parece um mundo paralelo. Entrar na casa de shows no bairro do Limão, na região norte de São Paulo, é quase como ser transportado para uma festa de bairro ou um festival em uma praça no interior.

Isso não tem a ver com a estrutura do local, um galpão amplo margeado por diversos restaurantes, com palco e pista e um mezanino com camarotes. Mas sim com o clima despojado em que as pessoas bebem cerveja no copo americano, lambuzam as mãos comendo porções de frango a passarinho e fazem fila para comprar batidas com nomes engraçados.

O CTN, como é conhecido popularmente, é vencedor nas categorias de bar e comida e custo-benefício neste especial. Para quem já pisou na casa, esse primeiro prêmio é autoexplicativo. Além da programação de shows e baladas, o local abre diariamente apenas com os restaurantes, que espalham mesas onde, de noite, o público vê as apresentações.

E, nesse assunto, não estamos falando das básicas porções de batata frita. Os restaurantes oferecem uma variedade de opções que contemplam a cultura do Nordeste. Dá para comer ostra (R$ 49 por seis unidades no restaurante Jeri), a cara da faixa litorânea, ou uma buchada de bode (com pirão, a R$ 120 para três pessoas, no Xique no Úrtimo), ícone do sertão.

O carro-chefe da maioria dos restaurantes é o baião de dois, tão popular que já faz parte do cardápio paulistano. Só no Chapéu de Couro, tem baião tradicional (R$ 150), carne de sol de picanha (R$ 239,90 com queijo coalho ou R$ 209,90 sem), vegetariano ou peixe frito (R$ 175,90), buchada ou galinha, ambas com pirão (R$ 219,90), carne seca (R$ 195,90) e cabrito ao molho (R$ 239,90). Todas essas opções são de pratos grandes, para até quatro pessoas, mas também saem em porção individual.

Para beber, não há como fugir da infinidade de opções de batidas —só indo ao Rei das Batidas para saber o que significam os sabores tesãozinho, sexo na praia, na bunda ou pau nas coxas. Por preços a partir de R$ 25, dá para experimentar caipirinhas de frutas menos comuns em São Paulo, como cupuaçu e cajá.

Com uma programação que reúne a nata do forró, pisadinha, brega, tecnobrega e até sertanejo, o CTN não oferece luxo. Quando está cheio, é difícil circular pelo galpão, os banheiros não raro têm filas e, se chove, a área e fumantes fica inviável.

Também é difícil enxergar o palco quando se está na parte de trás, e não há transporte público próximo. A experiência é melhor para quem está no camarote, no mezanino, com bares e banheiros próprios e uma visão de palco mais limpa.

Por tudo isso, uma noite no CTN costuma custar substancialmente mais barato do que na concorrência.

Sai mais barato comer um acarajé bem servido (R$ 25 na barraca da Joaninha) ou beber uma caipirinha de limão-siciliano com rapadura (R$ 27 no Jeri) por lá do que um cachorro quente atolado de ketchup em outras casas.

Os ingressos, em geral, também saem mais em conta, e muitas noites trazem duas ou três atrações de uma vez, varando a madrugada. Para quem gosta de forró ou de brega, é um prato cheio.

R$ 219
É o preço do baião de dois com buchada ou galinha para quatro pessoas servido no Chapéu de Couro, um dos restaurantes do CTN

Conheça
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CTN
R. Jacofer, 615, Limão, região norte. Instagram @ctnsp. Programação em ctn.org.br